INTRODUÇÃO: Própolis é um termo genérico para denominar uma mistura complexa constituída principalmente de material resinoso e cera, que são coletados e processados pelas abelhas. Ela se caracteriza por possuir compostos bioativos naturais com potencial de atuarem como antioxidantes, ou seja, exerce a função de inibir a ação de radicais livres no organismo. Entretanto, apesar do potencial percebido no uso da própolis, observa-se uma escassez de estudos científicos a respeito da utilização das propriedades antioxidantes dessa substância dentro do contexto alimentício. – OBJETIVOS: Por isso, este projeto teve como objetivo avaliar a capacidade antioxidante da própolis de abelhas sem ferrão das espécies Plebeia emerina e Scaptotrigona bipunctata da região metropolitana de Curitiba, PR. – MATERIAIS E MÉTODO: Inicialmente, foi realizada a revisão de literatura nas bases de dados Web of Science, Pubmed e SciElo. Foram preparados extratos hidroetanólicos de própolis pelo método de maceração. Para a avaliação da capacidade antioxidante dos extratos foram utilizados três métodos, sendo dois de eliminação de radicais – DPPH (2,2- difenil-1-picril-hidrazil) e ABTS [2,2’-azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico] – e um de potência redutora (FRAP – Ferric Reducing Antioxidant Power). As análises foram realizadas em microplacas de 96 poços, em triplicata. Os resultados de DPPH e ABTS foram expressos em IC50 e o de FRAP em mmol de Fe2+ g-1. – RESULTADOS: Os resultados mostraram que a própolis da espécie Plebeia emerina apresentou maior capacidade antioxidante em comparação à Scaptotrigona bipunctata, sendo esta última tendo seu uso não indicado como conservante de alimentos pelo baixo potencial antioxidante. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Estudos futuros são necessários para avaliar a eficácia do emprego da própolis de Plebeia emerina como conservante de alimentos com ação antioxidante.