INTRODUÇÃO: As neoplasias de origem malignas compõem o principal grupo doenças que levam os animais à óbito. Apesar da maioria das neoplasias orais serem benignas, a cavidade oral ocupa a 4º posição no ranking de incidência de tumores malignos em cães e gatos, ultrapassando a incidência de tumores em pele, tecido conjuntivo, glândula mamária e de origem hematopoiética. Essa doença representa 6% das neoplasias de cães, e 3% das que acometem os gatos, sendo que, tumores orais ocorrem 2,6 vezes mais em cães em relação aos gatos. Os tumores malignos mais comuns em cães estão o melanoma, carcinoma de células escamosas e fibrossarcoma, sendo o melanoma mais frequente em cães com 20%. Nos felinos, o carcinoma espinocelular é o que apresenta maior incidência. Entre aos locais mais afetados da cavidade oral, estão: a gengiva; a língua; mucosa labial; mucosa oral; as amígdalas, alvéolos dentários, região de palato. O tratamento mais utilizado para neoplasias orais é o cirúrgico, entretanto, outros meios de tratamento podem ser associados ou realizados individualmente, bem como, radioterapia, quimioterapia, criocirurgia, imunoterapia e terapia fotodinâmica . – OBJETIVOS: com este trabalho um estudo retrospectivos entre os anos de 2018 à 2020, e prospectivos nos anos de 2021 e 2022, visando realizar uma análise estatística dos principais tipos de neoplasias orais em cães e gatos, estadiamento e tratamento dos mesmos. – MATERIAIS E MÉTODO: Avaliou-se as fichas e do sistema Doctor Vet de forma retrospectiva dos anos 2018 a 2020, e os atendimentos da rotina da CVE nos anos de 2020 e 2021; analisando os resultados das neoplasias na cavidade oral de maior predominância nesse período de tempo, predisposição racial e sexual e tratamento realizado. – RESULTADOS: Avaliou quatorze pacientes sendo doze retrospectivos entre os anos de 2018 à 2020, e dois prospectivos nos anos de 2021 e 2022. Não houve predileção entre machos e fêmeas. Entre os neoplasmas somente sarcoma e melanoma se repetiram, acometendo dois pacientes cada (14,28%), os demais pacientes diagnosticados foram: Adenoma sebáceo; Basiloma sólido e melanocitoma juncional; Condrossarcoma fibroblástico; Carcinoma de células basais queratinizado; Neoplasia epitelial maligna; Mastocitoma; Carcinoma de células escamosas; Granulomma eosinofílico; Carcinoma; Carcinoma espinocelular, essas as quais, representam 7,14% de acometimento cada. O neoplasma carcinoma apareceu quatro vezes, porém em todas, com variações histológicas diferentes. Entre as regiões acometidas o lábio foi o de maior ocorrência (35,71%), seguidos do palato (28,57%), língua (21,42%), maxila (21,42%), mandíbula (14,28%), nasofaringe (7,14%%) e mucosa (7,14%%). Dentre os quatorze pacientes, oito foram submetidos a exérese cirúrgica, representando 57,14%. Apenas um deles fez uso exclusivo de antinflamatório (7,14%). Dentre os animais realizaram tratamento cirúrgico, dois fizeram quimioterapia também (14,28%). Dados obtidos no presente trabalho demonstram predileção para cães, SRD e Labradores Retriever, idosos. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não houve prevalência significativa entre os tipos histológicos de neoplasia, entretanto, a região mais acometida foi o lábio. O tratamento mais utilizado entre os pacientes do projeto foi cirúrgico.