INTRODUÇÃO: A oliveira (Olea europaea L.) pertence à família Oleaceae, que inclui cerca de 30 gêneros, como o Fraxinus, Ligustrum, Syringa e Olea. Seu cultivo vem expandindo cada vez mais no Brasil, por conta do seu alto valor agregado, tanto para a produção de óleo como para o consumo do fruto. A miniestaquia e a micropropagação são técnicas de propagação vegetativa que auxiliam na obtenção de mudas clonais a partir de apenas uma planta matriz. – OBJETIVOS: Na miniestaquia, o objetivo geral deste projeto foi a obtenção de um minijardim clonal para as cultivares de oliveira,determinando um protocolo para o enraizamento de miniestacas; Na micropropagação, o objetivo geral foi o estabelecimento de um protocolo para a obtenção de mudas de oliveira através da propagação in vitro. – MATERIAIS E MÉTODO: O experimento da miniestaquia foi conduzido no laboratório de Fisiologia e Genética da PUCPR, o qual contou com quatro cultivares de Oliveira, sendo elas: Arbequina, Arbosana, Manzanilla e Picual. Onde foram testados 7 tratamentos, com diferentes concentrações de dois fitorreguladores vegetais para induzirem o enraizamento das miniestacas, sendo denominadas auxinas, sendo: ácido indolbutírico (AIB) e ácido naftaleno acético (ANA). As concentraçõe utilizadas foram de 1.000, 2.000 e 3.000 ppm, preparados como soluções hidroalcoólicas. As bases das miniestacas foram submetidas aos tratamentos e plantadas em recipientes plásticos contendo substrato Carolina Soil® e casca de arroz carbonizada – na proporção de 3:1, e armazenadas por 36 dias no laboratório com luz florescente. O experimento de micropropagação foi instalado no laboratório de Biotecnologia da PUCPR. As brotações foram coletadas na Fazenda Experimental Gralha Azul (FEGA) pertencente à universidade. O material foi selecionado separando as gemas dos segmentos nodais, posteriormente foi executada a desinfestação superficial utilizando álcool 70%, e hipoclorito de sódio na concentração de 0,75% de cloro ativo e Tween 20%, em seguidas de enxague, estabelecidas em meio de cultura de Murashige e Skoog (MS) e mantidas na estufa BOD. – RESULTADOS: Na miniestaquia, a cultivar Manzanilla obteve melhores índices de enraizamento do que as demais cultivares, utilizando concentrações de 1.000 de AIB (T4), 2.000 e 3.000 ppm de ANA (T5 e T6). O estabelecimento in vitro, obteve grandes taxas de oxidação; a cultivar Frantoio mostrou-se mais resistente a contaminações por microrganismos do que a cultivar Manzanilla. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verificou-se a recomendação da utilização do fitorregulador AIB em concentrações de 1.000 ppm (T1) e ANA nas concentrações de 2.000 ppm (T5) e 3.000 ppm (T6) para a cultivar Manzanilla. Para as cultivares Arbequina e Arbosana recomenda-se a utilização de concentrações de 1.000 ppm de ANA (T4) e 2.000 ppm de ANA (T5). Para a Oliveira Picual, é aconselhável analisar os parâmetros de umidade e condições hídricas do substrato. Na micropropagação, foi possível concluir que as concentrações dos produtos utilizados para a desinfestação superficial da Manzanilla não foram suficientes para a descontaminação. A cultivar Frantoio mostrou-se mais suscetível à oxidação.