INTRODUÇÃO: Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença crônica autoimune do tecido conjuntivo, de prognóstico reservado e alta morbimortalidade, devido à fibrose progressiva de pele e órgãos. O trato gastrointestinal tende a ser acometido em até 90% dos casos. Tal acometimento, tende a ser subestimado no atendimento a estes pacientes e, consequentemente, agravar o quadro da ES, causando redução da qualidade de vida dos portadores. A literatura traz uma ferramenta para análise destes casos, o questionário de alteração/envolvimento gastrointestinal em pacientes com esclerodermia (University of California at Los Angeles Scleroderma Clinical trial Consortium Gastrointestinal Tract 2.0 – UCLA SCTC GIT 2.0) (8, 9). Este avalia e gradua os sintomas gastrointestinais e estabelece o impacto sobre a funcionalidade e bem-estar emocional dos pacientes. Contudo, ainda não há uma validação de tal formulário em nosso país. – OBJETIVOS: Avaliar a reprodutibilidade inter-observador do Questionário Alteração/ Envolvimento Gastrointestinal em pacientes com esclerodermia (University of California at Los Angeles Scleroderma Clinical trial Consortium Gastrointestinal Tract 2.0 – UCLA SCTC GIT 2.0). – MATERIAIS E MÉTODO: Realizada tradução e retrotradução do inglês com adaptação cultural para o Brasil do UCLA SCTC GIT 2,0, em avaliação com 10 pacientes. Após aplicação do questionário por dois avaliadores diferentes para avaliação inter-observador. Avaliou-se a concordância interobservador, e confiabilidade interobservador, usamos respectivamente o coeficiente alfa de Cronbach e índice de coeficiente de correlação (ICC). – RESULTADOS: A amostra foi composta por 20 pacientes com idade média de 54 anos, sendo 90% do sexo feminino e 55% possuem ensino fundamental ausente ou incompleto. Na análise inter-observador, obteve-se boa reprodutibilidade com (ICC≥0,70 e < 0,90) em todos os domínios do questionário. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A versão do questionário UCLA SCTC GIT 2,0 na língua portuguesa revelou-se reprodutível para avaliação dos sintomas gastrointestinal nos pacientes com ES na população nacional.