INTRODUÇÃO: O planejamento urbano e os projetos de urbanismo no Brasil raramente levam aspectos de gênero em consideração, ainda que busquem alternativas para a resolução de diferentes problemas sociais na conformação das cidades. Os modos como as mulheres se relacionam com o meio urbano diante dos problemas de segurança e violência por elas enfrentados vêm sendo pautados e discutidos na literatura. Muitos grupos de mulheres e movimentos feministas se reúnem nas redes online, utilizando-as como uma ferramenta para divulgação de informações e construção de redes de apoio. Vários artigos trazem a importância da Internet não só para diversão e lazer, mas também para a busca de serviços principalmente de proteção e segurança das mulheres no meio urbano. – OBJETIVOS: Objetiva-se apresentar, de forma ampla, como as mulheres, em especial as mais vulneráveis, vivenciam o território de Curitiba, revelando algumas particularidades e possíveis relações com o ativismo em redes sociais online. – MATERIAIS E MÉTODO: Após as leituras, que permitiram verificar a importância da utilização das redes online para o apoio e comunicação entre grupos de mulheres, foi realizado o levantamento de iniciativas da sociedade civil que atuam em prol dos direitos das mulheres e de sua proteção contra a violência em Curitiba, PR. Na sequência, com o estabelecimento de um recorte para iniciativas do tipo organizações não governamentais – ONGs, foi realizado o levantamento daquelas com perfis presentes nas redes online e posterior mapeamento da sua localização física na cidade. O mapa foi então relacionado com outros estudos acerca da distribuição da população por gênero, renda e vulnerabilidade socioambiental, a fim de entender as particularidades presentes no território de Curitiba, PR. – RESULTADOS: Ainda que de forma preliminar, foi possível construir um panorama sobre como as iniciativas voltadas para as mulheres em Curitiba se organizam e fazem uso das redes sociais online para comunicação e troca de informações. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: As ONGs mapeadas estão localizadas em regiões de maior vulnerabilidade socioambiental, com predomínio de população negra e com baixa renda, favorecendo o acesso das mulheres mais vulneráveis aos serviços oferecidos.