DO ESPAÇO PLANEJADO À PAISAGEM SEGURA: RELAÇÕES ENTRE CENTRALIDADE, PLANEJAMENTO E SEGURANÇA EM PEQUENAS CIDADES BRASILEIRAS

INTRODUÇÃO: A problemática investigada parte da necessidade de busca de alternativas para a redução das taxas criminais, em especial de furtos e roubos, em espaços públicos das urbes contemporâneas no Brasil. – OBJETIVOS: Diante dessa assertiva, o objetivo geral do trabalho consiste em analisar relações entre centralidade, planejamento e segurança em pequenas cidades brasileiras. – MATERIAIS E MÉTODO: Para o seu alcance, a pesquisa, de caráter exploratório, feição aplicada e configuração multimétodos, foi estruturada em quatro fases principais. A primeira foi dedicada à interpretação de fundamentos teóricos basilares à compreensão dos temas envolvidos, enquanto a segunda foi direcionada à estruturação de procedimentos metodológicos para relacionamento de centralidades espaciais (de crimes, de usos do solo e de fluxos viários) com diretrizes de planejamento (espaço planejado) e de segurança (paisagem segura). Em consonância com investigações paralelas e anteriores, as áreas de estudo, correspondentes ao bairro Centro daquelas cidades, foram selecionadas em cada uma das macrorregiões do país (Norte – Santa Bárbara, Região Metropolitana de Belém, Pará; Nordeste – Madre de Deus, Região Metropolitana de Salvador, Bahia; Centro-Oeste – Hidrolândia, Região Metropolitana de Goiânia, Goiás); Sudeste – Jaboticatubas, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais); Sul – Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba, PR), sendo caracterizadas na terceira fase, voltada aos resultados alcançados. A última etapa compreendeu a discussão analítica para proposição de subsídios à organização dos processos de gestão e de seguridade em termos urbanísticos. – RESULTADOS: Os achados científicos evidenciam alguns distanciamentos entre características gerais dos objetos estudados e certas relações da concentração de delitos com ocupações espaciais de atratividade de pessoas e com vias estruturantes de movimentos veiculares. Também são diagnosticadas semelhanças de contextos paisagísticos e condições morfológicas com investigações simultâneas em núcleos urbanos de outros portes. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, como respostas à questão de pesquisa, que existem influências de padrões qualitativos e morfológico-funcionais determinados por diretrizes de planejamento associados à segurança e vinculados às centralidades e atributos espaciais, com destaque para o escurecimento de alguns locais, a extensão demasiada de barreiras visuais e o dimensionamento inadequado de passeios e calçadas. Essas particularidades propiciam a elaboração de políticas visando à gradativa conformação de cenários seguros em pequenas cidades brasileiras.