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CICATRIZAÇÃO DO CONCRETO POR MEIO DE BACTÉRIAS OCEÂNICAS

RESUMO

INTRODUÇÃO: O cimento é um dos materiais mais utilizados na construção civil em nível mundial. Ele ganha destaque devido a sua versatilidade, praticidade e durabilidade. Este último predicado, no entanto, vem sendo amplamente discutido e pesquisado no meio acadêmico. Inúmeros estudos vêm sendo realizados acerca da cicatrização de materiais cimentícios com microrganismos. Recentemente, foi descoberto que é possível utilizar bactérias capazes de depositar carbonato de cálcio no concreto. – OBJETIVOS: Estudar uma técnica de cicatrização e preenchimento dos poros do concreto utilizando bactérias. – MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado experimento com o objetivo de averiguar a possibilidade de usar os microrganismos em pó, e desta forma foi realizado um teste piloto utilizando como meio nutriente um caldo composto por leveduras e ureia proposto por (SHIRAKAWA et al., 2011), que realizou um trabalho como o Bacillus Sphaericus LMG 22557 para tratamento de fissuras em telhas de fibrocimento. Duas espécies de microrganismos, o M12 e o BS 422, foram transferidos da placa de Petri para Erlenmeyers contendo o meio nutriente citado. Após isso, foram levados a agitação em shaker a 100 RPM a uma temperatura de 30°C, para promover o crescimento microbiano. Após 24h, os meios com os microrganismos foram retirados do shaker, passados para um béquer e colocados em uma estufa a 35°C para promover a secagem do líquido (meio nutriente B4 + ureia). – RESULTADOS: Após a completa secagem em estufa, o material adquiriu uma consistência gelatinosa, que inviabilizou o prosseguimento do teste. Para aproveitar as soluções preparadas, foram rodados dois traços de argamassa, um com o microrganismo M12 utilizando como água de amassamento o próprio meio B4, e outro traço de referência sem as bactérias utilizando apenas água deionizada. No ensaio de trabalhabilidade da argamassa, o espalhamento resultou em 18,5 cm para a argamassa REF e 22 cm para argamassa com o meio B4. O aumento do espalhamento pode ser atribuído ao meio nutriente e não a adição dos microrganismos propriamente dita. As amostras foram então dispostas ao tempo, simulando aplicação do concreto em uma obra, durante 8 meses. Após este período as mesmas foram quebradas ao meio, para realização de teste de pH. O teste de pH foi realizado com aspersão de fenolftaleína no interior das amostras partidas ao meio. Na amostra contendo os microrganismos, nota-se a coloração intensa em toda extensão do corpo de prova. Deduz-se com isso, que a amostra contendo microrganismos conseguiu manter sua reserva alcalina ao longo de 8 meses. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A adição de microrganismos no concreto é algo relativamente novo na área de tecnologia do concreto, portanto, a forma como esses microrganismos reagem dentro de matrizes cimentícias e quais benefícios podem trazer para esse material, ainda precisam ser mais bem estudados a fim de garantir a eficiência do concreto com essa adição. Devido à pandemia de COVID-19, o cronograma ficou comprometido devido ao fechamento dos laboratórios, sendo assim, os métodos apresentados foram realizados pelo professor orientador e repassado à aluna para o desenvolvimento do relatório.

PALAVRAS-CHAVE:

bioconcreto; cicatrização; bactérias; microrganismo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P3.1.8) Sessão Pôster: PIBITI – Todas áreas e PIBIC – Ciências Exatas e Agrarias (P.1) : 26/10 – 10h00 – 10h30 – Hall – Bloco Verde A14
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade Iniciação Tecnológica Voluntária (ITV)
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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