Logo PUCPR

CONTRACEPÇÃO HORMONAL E ALODINIA NA MIGRÂNEA – ESTUDO DE COORTE DESENVOLVIDO ATRAVÉS DE PLATAFORMA DIGITAL

RESUMO

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma doença que atinge mais de 1 bilhão de pessoas no mundo sendo mulheres jovens as mais acometidas. As crises migranosas podem ser associados a sintomas de humor, autonômicos cranianos e à alodinia cutânea. A maior susceptibilidade das mulheres jovens é decorrente das suas características hormonais, com elevados níveis de estrógeno, bem como a flutuação deste hormônio durante o ciclo menstrual. No entanto, o efeito dos hormônios exógenos dos contraceptivos hormonais combinados ainda não foi avaliado no contexto da alodínia em mulheres com migrânea. – OBJETIVOS: Avaliar se mulheres com migrânea tem mudança no padrão de dor, em especial a presença de alodinia, com a introdução de contraceptivos hormonais combinados (CHC) comparado com mulheres que não fazem uso de método contraceptivo hormonal. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo de coorte, mulheres idades entre dezoito e trinta e cinco anos, com diagnóstico de migrânea episódica com ou sem aura que não usavam contraceptivo hormonal no início do estudo, divididas em 2 grupos: (1) mulheres que tenham recebido prescrição de CHC e usaram por 3 meses; (2) mulheres que não usaram CHC . As participantes responderam o questionário on-line na plataforma Google Formulários®, no início do CHC e novamente após 3 meses, contendo as informações demográficas, clínicas e de características da migrânea, bem como aos questionários validados. Os dados categóricos foram avaliados por teste exato de Fisher ou qui-quadrado conforme apropriado. A homogeneidade dos dados contínuos determinada pelo método de Komogorov-Smirnov. Dados com distribuição não paramétrica transformados para logaritmo. Os grupos foram comparados pelo teste paramétrico de t de Student. Para determinação de associação foi empregado regressão logística binária utilizando os parâmetros que apresentarem p<0,1 na análise univariada. As análises realizadas utilizando o programa estatístico SPSS versão 20.0. – RESULTADOS: Participaram do estudo 16 mulheres, sendo que 12 foram excluídas por não preencherem os critérios de inclusão ou devido à perda de seguimento. Apenas 4 participantes responderam o questionário no primeiro e no segundo momento e, com relação aos controles foram obtidas 5 respostas, porém apenas no primeiro momento, por isso este último grupo não foi incluído na análise estatística.a mediana de idade foi de 20,5 anos, 75% das mulheres eram brancas e 25% eram tabagistas. A mediana do IMC encontrada foi 23,1 e a mediana de dias de dor durante 3 meses foi 15. Todas elas,100% das mulheres, apresentaram migrânea associada ao período menstrual e apenas uma paciente (25%) preencheu critérios diagnósticos para migrânea com aura. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: 100% das mulhere apresentaram migrânea associada ao período menstrual e apenas uma paciente (25%) preencheu critérios diagnósticos para migrânea com aura. valor de p nāo foi estatisticamente significativo para as escalas de avaliação clínica, como MIDAS, ASC-12, GAD-7, IDP e Hiperacusia, antes e 3 meses após a introdução do contraceptivo hormonal. Tal fato talvez poderia ser explicado devido ao escasso número de participantes uma vez que foi extremamente difícil encontrar pacientes que se enquadrassem nos critérios de inclusão. É importante ressaltar a necessidade de novos estudos sobre o assunto pela escassez de informações na literatura.

PALAVRAS-CHAVE:

cefaleia; anticoncepcional; hiperalgesia; transtorno de enxaqueca; mulheres.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Tecnológica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

Compartilhe

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email