INTRODUÇÃO: O medo da violência e a sensação de insegurança são marcantes nas urbes contemporâneas e esses sentimentos estão, em parte, relacionados à percepção das pessoas sobre as áreas urbanizadas. A morfologia da paisagem assume importante papel nessa problemática. – OBJETIVOS: Frente à necessidade de espaços públicos seguros para os cidadãos, a presente investigação tem como objetivo geral analisar relações entre centralidade, planejamento e segurança em cidades médias brasileiras. – MATERIAIS E MÉTODO: Desenvolvida a partir de métodos exploratórios, descritivos e analíticos, a pesquisa foi baseada em quatro fases principais. A primeira foi direcionada a fundamentos teóricos, para familiarização com os temas e suas interações e aplicações, enquanto a segunda foi vinculada a procedimentos metodológicos de identificação de métodos e técnicas para adoção no trabalho. Na sequência, a terceira foi destinada aos resultados alcançados na interpretação de relacionamentos entre aquelas variáveis nos bairros centrais de 10 cidades de porte mediano situadas em regiões metropolitanas, sendo duas em cada um dos cinco compartimentos geográficos do país. A quarta e última fase compreendeu a análise crítica de síntese de integração dos achados teóricos e empíricos. – RESULTADOS: Os principais resultados revelam relações mais marcantes entre centralidades de usos do solo e de crimes do que de fluxos viários. As respostas à questão de pesquisa apontam diversos elementos morfopaisagísticos que influenciam a conformação de cenários inseguros, a exemplo de extensos muros e fachadas cegas, do esvaziamento temporário ou constante da utilização de certos locais e de restrições à caminhabilidade e à vitalidade, dentre outras. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A título de conclusão, considera-se que esses fatores possibilitam o enunciado de diretrizes de planejamento urbano associados à segurança pública vinculados a centralidades espaciais de cidades médias brasileiras.
