INTRODUÇÃO: O impacto da pandemia no superendividamento do consumidor e a relação das publicidades de crédito com a elevação do superendividamento; a hipervulnerabilidade do consumidor na pandemia e o assédio de crédito, a convergência do superendividamento e a publicidade de crédito, foi objeto da pesquisa, assim como os motivos causadores do aumento das dívidas, inadimplência e procura de crédito no sistema financeiro, discutiu-se a respeito da origem do superendividamento, ausência de educação financeira no país, e a ligação dos números de pobres no país com a hipervulnerabilidade e o superendividamento, observando a convergência com a região do país e idade dos inadimplentes. – OBJETIVOS: Influência da publicidade de crédito e o superendividamento em tempos de pandemia, a responsabilidade social da publicidade, análise da sociedade de consumo em relação ao crédito e da publicidade como meio de educação financeira e forma de divulgação do consumo consciente. – MATERIAIS E MÉTODO: Levantamento de dados referente ao superendividamento entre 2019 e 2020 com base nos dados do Serasa e da CNC e bibliografia. – RESULTADOS: Vários fatores influenciam na busca pelo crédito e no aumento dos superendividados. A pobreza oscila no país de acordo com a região, impactando nas condições sociais e de hipervulnerabilidade resultando no aumento de superendividados de acordo com os dados pesquisados. A situação econômica dos sujeitos impacta no seu acesso educacional, na maneira que administra suas finanças e no seu poder de compra. Durante a pandemia fora observado a elevação da pobreza da população, que desesperadamente recorre ao crédito para compor sua renda, todavia acaba encurralada pela cumulação de dívidas. A hipervulnerabilidade se tornou mais latente na sociedade durante o período pandêmico, indivíduos que viviam com uma renda abaixo da pobreza e com o comprometimento da renda em 50% para dívidas, tiveram que lidar com o desemprego, fome e com o auxílio emergencial equivalente a 57% do salário mínimo. Observar-se a procura do crédito acompanha a situação de hipervulnerabilidade dos cidadãos. O assédio ao consumidor se inicia nas publicidades dúbias que induzem o consumidor a adquirir um produto ou serviço sem esclarecer as entrelinhas da contratação como juros e taxas de contratação. Sendo o consumidor superendividado e hipervulnerável induzido a adquirir produtos com publicidade enganosa, pois a vulnerabilidade e necessidade social de crédito o induzem ao crédito ambíguo. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entende-se que o superendividamento caminha a passos lentos de ser minimizado no Brasil, é necessário investir em políticas públicas capazes de oferecer renda digna aos indivíduos e educação financeira para atenuar o impacto do superendividamento e da hipervulnerabilidade na sociedade. É necessário que o Legislativo regulamente de maneira clara a concessão de crédito e a publicidade de crédito, ainda devem ser criados programas de ensino e divulgação do consumo consciente e ser investido em normas inclusivas de educação financeira. A partir dos dados pandêmicos de 2020 a julho de 2022, conclui-se que a oscilação de superendividados está coligada com a falta de recursos financeiros e desestabilidade social, em virtude de a pandemia ainda estar vigente, quantificando de maneira parcial apenas a alta do superendividamento no período.