Logo PUCPR

DITADURA MILITAR NO BRASIL: VESTÍGIOS DA REPRESSÃO E PERSEGUIÇÃO AOS PROFESSORES EALUNOS DO PARANÁ PRESENTES NOS ARQUIVOS DA POLÍCIA POLÍTICA E NO JORNAL UNIVERSITÁRIOPOEIRA (1964-1985)

RESUMO

INTRODUÇÃO: O período de 1964 a 1985 no Brasil foi marcado pela Ditadura Civil Militar, que atuou com repressão e violência às manifestações contrárias e controlou as liberdades individuais (atingiu todos os níveis da sociedade). A DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social) era o órgão responsável pelos mecanismos de repressão e “organização” da população. A ação de vigilância e repressão dos agentes do Estado se voltou, diversas vezes, às atividades estudantis e da comunidade educacional já que os professores e estudantes formavam um grupo considerado perigoso para o regime repressor. Na cidade paranaense de Londrina a FUEL, hoje UEL (Universidade Estadual de Londrina) foi fundada, em 1970 no regime ditatorial, e a ação dos docentes e estudantes da universidade foi monitorada e reprimida desde sua fundação, em 1970, até o fim do regime, em 1984. Entre 1974 e 1978 o Diretório Central Acadêmico Livre da FUEL, totalmente organizado e mantido pela comunidade estudantil e de professores, publicou o Jornal independente Levanta, Sacode a POEIRA e dá a volta por cima (Jornal Poeira). Esse traz vestígios da repressão do Estado contra o corpo docente e estudantil da Universidade e de ações de resistência e denúncias por parte destes. – OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa é Investigar os processos políticos e policiais sofridos por Professores e estudantes do Paraná durante a ditadura de 1964-1985, que compõem os Dossiês DOPS, e analisar as edições do Jornal Poeira, produzidos entre 1974 e 1978. – MATERIAIS E MÉTODO: Esta é uma pesquisa qualitativa, exploratória, com análise documental, tendo como fontes os Dossiês DOPS que estão arquivados no Arquivo Público do Paraná, assim como as edições digitalizadas o Jornal Poeira, produzidas entre 1974 e 1978, na cidade de Londrina, PR. – RESULTADOS: Foi possível constatar que a polícia política e a FUEL eram aliadas no processo de investigação, controle e repressão da comunidade estudantil. O DCE e os signatários do jornal Poeira fizeram oposição ao regime político, e houve uma contínua fonte de oposição ao regime partindo do DCE Poeira e de seus integrantes. O esforço de resistência ao regime militar, exercido entre 1974 e 1978 pelo grupo Poeira foi significativo no cenário político do estado do Paraná, o jornal, ao longo de quatro anos, foi um local de manifestação pública dos desejos e insatisfações da comunidade estudantil e de professores. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da constante vigilância e da ação repressiva dos agentes da polícia política do Estado do Paraná, os integrantes do Grupo Poeira continuaram a realizar um mportante trabalho de porta-vozes da democracia. Cada ficha policial analisada, cada editorial e cada charge nas páginas do jornal proporcionam um universo de detalhes e informações acerca do período estudado. Inicialmente, esperava-se encontrar vestígios sutis da repressão, assim como parcas referências diretas às violações sofridas por professores e estudantes paranaenses durante a Ditadura Militar. Entretanto, tanto as fontes oficiais quanto a imprensa alternativa proporcionaram visões contundentes e explícitas sobre o aparato repressivo da polícia política e do Estado ditatorial brasileiro.

PALAVRAS-CHAVE:

Ditadura Militar; DOPS-PR; UEL; Movimento Estudantil; Jornal Poeira.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P2.1.8) Sessão Pôster: PIBIC/PIBITI Jr – Todas áreas e PIBIC – Ciências Humanas (P.1) : 25/10 – 15h00 – 15h30 – Hall – Bloco Verde B15
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos do CNPq
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

Compartilhe

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email