INTRODUÇÃO: A vivência do tratamento do câncer pode ser altamente estressante e desencadear distintos sofrimentos psicossociais. Havendo, a necessidade do apoio de uma equipe multidisciplinar. – OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi sistematizar as publicações sobre psicoterapia com pacientes com câncer publicados no período de 2020 a 2022. – MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa consistiu em uma revisão de literatura do tipo Estado da Arte, utilizando dos seguintes buscadores: Psychotherapy e Cancer. Os artigos analisados foram obtidos através do banco de dados online PubMed. Foram encontrados 33 artigos e destes selecionados 23. Trata-se de um estudo qualitativo de perspectiva hermenêutica, e os dados foram tratados segundo a análise textual discursiva. – RESULTADOS: Os principais resultados apontam que existe um impacto significativo no tratamento pela aliança terapêutica; há uma demanda crescente por terapias complementares por pacientes com câncer durante a doença para reduzir os efeitos colaterais e para melhorar a qualidade de vida e ainda, que existe uma universalidade nos temas dos desafios existências determinados pelo câncer, como o medo da morte e a preocupação em ser um fardo para os outros, sentimentos de solidão, inutilidade ou desesperança, tristeza ou perda da dignidade. Foram analisados todos os 23 artigos com relação a ano de publicação, títulos, autores, periódicos, objetivos dos estudos, metodologias empregadas, resultados e discussões. 2022 até o presente momento foi o ano com maior frequência de publicações, em todos os títulos constavam as palavras Psychotherapy e Cancer. Artigos com autorias coletivas e três periódicos foram os que mais publicaram na lacuna temporal estudada: O periódico Supportive Care in Cancer publicou 2 artigos no período analisado (8,69%); Psycho-Oncology, publicou 3 artigos (13,04%), enquanto o periódico Palliative and Supportive Care publicou 4 artigos (17,39%). O título dos artigos e o escopo das revistas justificam a concentração nesses 3 periódicos. Os objetivos dos estudos variam em:1) Comparar diferente teorias psicoterápicas quanto as suas eficácias e evidencias de intervenção, 2) Avaliar a relação de psicoterapia e o próprio tratamento oncológico, 3) Resultados obtidos em termos de benefícios, 4) Com a predominância da psicologia positiva. Entre os objetivos merece destaque a busca pela comparação e análise do resultado da associação da psilocibina com o tratamento psicoterápico. Foram utilizadas basicamente 2 metodologias: estudos empíricos/ensaios clínicos e revisão de literatura. Observou-se que os estudos são majoritariamente empíricos, mas com populações pequenas, o que pode dificultar a generalização dos dados. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a psicoterapia apresenta evidências na melhora da qualidade de vida, de pacientes em tratamento oncológico, em especial quando o próprio sujeito busca o tratamento ou é encaminhado pelo seu médico.
