INTRODUÇÃO: Este estudo teve como objetivo configurar a perspectiva de terapeutas que trabalham com casais homoafetivos masculinos. – OBJETIVOS: – MATERIAIS E MÉTODO: Utilizou-se de dupla metodologia: Primeiro uma revisão de literatura de estado da arte, e segundo entrevistas semi dirigidas com 4 terapeutas. Utilizou-se de análise textual discursiva para análise do conteúdo das entrevistas. – RESULTADOS: Desta análise emergiram 3 categorias: Mitos, estereótipos e representação social. Entre os resultados destaca-se: Entrevista 1-Mitos:O mundo Gay é extremamente sedutor, mexe com os desejos, ego, sexualidade, mais do que o mundo heteronormativo. Em relação aos estereótipos destaca-se que os casais homoafetivos masculinos tendem a ter mais semelhanças com as demandas de casais heteros do que diferenças. O único terapeuta de abordagem psicodinâmica apresentou um maior conglomerado de representações sociais. Entre elas destaca-se “Difícil ser fiel ao próprio desejo”. A dificuldade de encontrar os terapeutas de casais homoafetivos masculinos pode ser inferida pela exposição como terapeuta de casal que trata casais homoafetivos dentro de uma sociedade heteronormativa. E, embora desde 1990 exista um movimento de atendimento para casais homoafetivos. Numa sociedade regida pela heteronormatividade, os indivíduos com condutas sexuais consideradas desviantes, podem desenvolver sentimentos de repulsa da própria condição sexual. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A literatura ainda se mostra tímida sobre a temática abordada, demandando maior profundidade na formação dos psicoterapeutas que se disponham em trabalhar com casais homoafetivos.