INTRODUÇÃO: O trabalho a seguir trata de fotografias que foram tiradas em 1865 pelo fotógrafo Cristiano Júnior no Rio de Janeiro. As fotografias apresentam pessoas que estavam na condição de escravidão e foram feitas nem estúdio montado pelo artista. As fotografias tinham objetivo etnográfico e também serviam para realizar uma análise psicológica do indivíduo fotografado. – OBJETIVOS: Pretende-se analisar a representação de pessoas que foram escravizadas que foram tiradas pelo fotógrafo Christiano Júnior, e como as suas fotografias ajudaram a propagar ideias poligenistas acerca desse grupo social. – MATERIAIS E MÉTODO: O procedimento metodológico se efetivou em quatro etapas, sendo as duas primeiras uma pesquisa biográfica acerca do contexto histórico, do trabalho com fontes visuais e o conceito de representação. A partir disso temos a análise das fontes primárias identificando a representação que Cristiano Junior queria abordar em suas fotografias acerca de pessoas escravizadas. – RESULTADOS: A análise das fotografias tiradas por Christiano Júnior realizadas na pesquisa somada às pesquisas Eugenistas nos evidencia a contribuição das mesmas para a marginalização dessas pessoas fotografadas, fazendo com que se separasse pessoas que teriam traços indesejados fossem isoladas socialmente e tratados como criminosos. Além disso, se fomentou o racismo no Brasil e também a perseguição policial a pessoas negras. Mesmo que as pessoas escolhessem estar em um estúdio fotográfico, elas não escolhiam para que seriam utilizadas essas imagens, uma traço de evidência tal fato é que os modelos fotógrafos não tinham seus nomes identificados. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa revela a dinâmica racista alimentada pelas ideias poligenistas do século XIX, as fotos tiradas por Cristiano Junior ajudaram numa marginalização de escravos, fazendo com que pessoas que tivessem certos traços físicos fossem tratados como criminosos e excluídos socialmente além se serem vistos como um tipo exótico.