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HARRIET ANN JACOBS: ESCRITA DE AUTORIA FEMININA E MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO NOS EUA

RESUMO

INTRODUÇÃO: O ato da escrita pode ser considerado como uma resistência às relações de poder, portanto, a presente pesquisa visou analisar a presença de mulheres, em especial negras, no meio das produções literárias e, além disso, evidenciar memórias acerca da escravidão nos Estados Unidos da América. Para isso, foi utilizada como fonte o texto Vida de Uma Escrava, Escritos Por Ela Mesma (JACOBS, 2020), de autoria de Harriet Ann Jacobs, a fim de destacar as representações sociais de gênero e da escravidão presentes na obra. – OBJETIVOS: Realizar a análise das representações sociais de gênero e da escravidão presentes na obra Incidentes da Vida de Uma Escrava, Escritos Por Ela Mesma publicado pela primeira vez em 1861, de Harriet Ann Jacobs (2020). Desse modo, buscou-se vislumbrar uma reflexão crítica a respeito do posicionamento da autora quanto às relações de gênero e à escravidão nos EUA, no século XIX, especialmente a expressão de seu pensamento sobre as condições de vida das mulheres e a construção da subjetividade feminina, tendo em vista as limitações de gênero existentes na sociedade do período. O objetivo principal desta pesquisa foi o de empreender uma análise desta fonte literária, para avaliar as representações de gênero nela presente e para compreender a inserção de mulheres autoras nos espaços de sociabilidades letradas e intelectuais. – MATERIAIS E MÉTODO: A Teoria das Representações Sociais foi crucial para alcançar o objetivo proposto. Como metodologia, a relação entre história e memória mostrou-se como principal ótica utilizada para observar a fonte e, por fim, comparar os relatos da autora acerca do período em que viveu com os fatos históricos desse mesmo período. – RESULTADOS: Algo extremamente relevante na obra de Jacobs é a sua atenção voltada às diferenças entre a escravidão masculina e a feminina. Segundo Jacobs (2020), a escravidão para os homens era terrível e repleta de sofrimentos, mas para as mulheres, a escravidão era muito pior. Outro aspecto central da escravidão, que é encontrado nos escritos de Jacobs, é a questão racial. Assim sendo, vemos que escravidão nas Américas, especificamente nos Estados Unidos, antes de qualquer aspecto, era baseada em questões raciais. Esse foi, o ponto de partida, ou seja, o alicerce em que todas as outras relações (sociais, econômicas e políticas) debruçaram-se. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Partindo desse raciocínio a leitura da fonte teve como objetivo elucidar e iniciar um debate acerca da veracidade dos relatos citados na obra, além disso, relacioná-los com os fatos citados nos textos que compuseram a bibliografia que tratava da escravidão nos Estados Unidos da América. Para mais, buscou-se analisar a forma com que a autora retratou o cotidiano das mulheres, em especial as negras, na sua obra. Após uma análise profunda, concluiu-se, portanto, que além de verídicas as histórias que Harriet Ann Jacobs traz em sua obra demonstram muito bem como o papel social das mulheres, no período da escravidão, foi dividido. As mulheres negras ocupavam a camada mais baixa da sociedade, e por isso lhes foram impostos papéis que além de violentos eram degradantes.

PALAVRAS-CHAVE:

produções literárias; memórias; escravidão; história e memória; representações sociais; gênero.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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