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O NIILISMO ATIVO E O ESPÍRITO LIVRE EM F. NIETZSCHE

RESUMO

INTRODUÇÃO: O termo niilismo tem sua origem na palavra nihil (nada) proveniente do latim, porém ainda hoje se discute a origem desse, dada a maneira difusa pela qual ele aparece na história ocidental. O termo aparece em meio às controvérsias do surgimento do idealismo alemão no século XVIII e XIX, assim como no Revolução Francesa. Antes disso, contudo, Fridegísio de Tours, por exemplo, já no século VIII ao perceber a gritante presença do nada, tenta provar que este é detentor de substancialidade na obra De substantia nihili et tenebrarum. Depois dos autores russos, com Dostoievski e Turgêniev, foi Nietzsche quem utilizou o termo como forma de descrição de um processo cultural do Ocidente. – OBJETIVOS: Analisar o niilismo como negação das ideias de finalidade, verdade e unidade, considerados até então como valores supremos da sociedade ocidental, assim como a influência de tal negação na constituição do além-homem na teoria de F. Nietzsche. – MATERIAIS E MÉTODO: Leitura das obras de Nietzsche e seus comentadores. – RESULTADOS: Nietzsche se debruça sobre o niilismo com um olhar inquisidor, buscando conhecer a origem desse pensamento, sua história, e suas consequências quando levado ao extremo. Ao mesmo tempo em que o autor procura situar o fenômeno nos moldes da historicidade, ocorre a tentativa de pensá-lo no cerne de seu processo filosófico. Ao compreender o niilismo como consequência de uma perda valorativa da moral metafísica e religiosa, ocorre a afirmação de que a origem de tal movimento está na interpretação moral da realidade e da verdade. Dessa maneira, Nietzsche transforma o niilismo como uma questão fundamental em sua filosofia, o modo como valores morais são erguidos e dissolvidos é capturado pela discussão filosófica do autor em busca da origem, fatores favoráveis para o desenvolvimento, e transcurso da moral. Usando seu método histórico-filosófico-psicológico, desenvolvido desde 1987, com a publicação de Humano, demasiado humano, Nietzsche, chega ao diagnóstico de um niilismo completo, constituído pelas formas ativo e passivo. Em sua forma passiva ocorre um declínio da vontade do espírito, uma aspiração ao nada, desejo de nada e negação da vida, acompanhado com os sentimentos de compaixão, resignação e quietude. Por outro lado, em sua forma ativa, ocorre uma potencialização do espírito enquanto força destrutiva, uma vontade de aniquilar, demolir o clássico, o que se demonstra como uma aparente estrutura fixa e eterna. Com o intuito de se aprofundar nas características passivo e ativa do niilismo completo, será colocado em foco a obra Assim falou Zarathustra, um livro para todos e para ninguém, escrito entre os anos de 1883 e 1885. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante ressaltar que das ações apresentadas, apenas a parte referente à destruição consciente daquilo que se apresenta, é sinal de um niilismo ativo. Na analogia do escultor, o ato de destruir e fragmentar a pedra, enquanto o ato criador que segue a destruição, que expõe uma nova imagem da matéria bruta é um ato do além-homem.

PALAVRAS-CHAVE:

Nietzsche; além-do-homem; niilismo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

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Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade Iniciação Científica Voluntária (ICV)
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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