INTRODUÇÃO: Vidros à base de fosfato (PBG) mostram-se bastante promissores para aplicações biomédicas devido à facilidade em controlar sua taxa de degradação ao alterar sua composição. Em um trabalho anterior, verificou-se que a adição de TiO2 e MgO reduz a taxa de degradação do Sr altamente bioativo, embora solúvel, além de melhora em suas propriedades mecânicas. – OBJETIVOS: Verificar o efeito da incorporação de MgO e TiO2 no biovidro à base de fosfato contendo estrôncio sobre a resistência à trinca (CR). – MATERIAIS E MÉTODO: As amostras foram obtidas por meio da fundição, visando alcançar uma espessura de 1 a 3mm. Em seguida, tiveram sua superfície preparada a partir do lixamento de lixas de carbeto de silício #1000 e polimento com óxido de cério (CeO2). Para a caracterização de propriedades mecânicas, realizou-se 30 indentações Vickers com ciclos completos de 15 segundos com 6 cargas diferentes variando entre 98,07mN e 2,942N utilizando o microdurômetro Vickers (Shimadzu HMV-2) para cada corpo de prova. Os resultados foram avaliados por microscopia óptica. A resistência à trinca foi definida como a carga necessária para gerar 50% de probabilidade de fissura. – RESULTADOS: Os resultados foram obtidos tomando como parâmetro o valor médio dos testes de indentação. A composição de vidro PCNSr foi carregada com 490,7mN e obteve um resultado de dureza de 1,86 (±0,2%) GPa com um módulo de elasticidade de 57 GPa e tenacidade à fratura de 0,15 (±0,013%) MPa.m1/2. Para a composição PCNSrMg, foi carregada com 245,2mN e obteve o valor de dureza de 0,94 (±0,12%) GPa, módulo de elasticidade de 65 GPa e tenacidade à fratura de 0,13 (±0,02%) MPa.m1/2. A composição PCNSrTi apresentou problemas em sua fundição. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que a adição de MgO não mostrou significância quanto ao valor de dureza, porém, é eficaz em termos de tenacidade em comparação ao PCNSr.