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FREQUÊNCIA DE ATIVAÇÃO DO SINAL DE ELETROMIOGRAFIA DE JOVENS E IDOSOS POSICIONADOS SOBRE UMA BASE MÓVEL DE TREINAMENTO DO EQUILÍBRIO

RESUMO

INTRODUÇÃO: Para que se possa realizar atividades cotidianas, desde as tarefas mais simples, como permanecer em pé, até as mais complexas, como a prática esportiva, o ser humano necessita de equilíbrio postural. Enquanto jovem, o sistema nervoso ainda está íntegro e todos os mecanismos neurais responsáveis pela preservação do controle postural possuem um bom funcionamento. Contudo, com a idade, eles se deterioram, gerando riscos aos idosos, que nem sempre conseguem preservar sua estabilidade postural. Assim, é necessário entender esses mecanismos biomecânicos nas diferentes idades para que se gere um melhor diagnóstico sobre o equilíbrio, e se estabeleça programas de treinamento adequados às diferentes áreas da saúde. – OBJETIVOS: Comparar a latência de ativação do sinal eletromiográfico de jovens e idosos em perturbações na estabilidade postural. – MATERIAIS E MÉTODO: 20 jovens e 20 idosos foram submetidos a 20 perturbações, com o treinamento utilizando a base móvel de treinamento de equilíbrio (BMTE) ocorrendo entre a 10ª e a 11ª perturbação, em que o participante era tracionado para trás com uma carga de 5% de sua massa total, e quando era liberada, ele espontaneamente era deslocado para frente, tendo que recuperar sua estabilidade postural. Foi utilizada a eletromiografia, com eletrodos nos músculos tibial anterior (TA), gastrocnêmio medial (GM) e sóleo (SO). Os dados foram processados e analisados no software MATLAB, com sinal filtrado, calculando o método de transposição do limiar, e as variáveis foram analisadas no software SPSS 18.0.1. – RESULTADOS: A latência de início de ativação muscular do músculo SO indicou interação significativa entre grupoxperturbaçãoxintervenção [F (2,32) =3,984; p=0.029; η_p^2 = 0.199]. No músculo GM, houve efeito significativo para a intervenção de treinamento na BMTE [F (1,16) =5,402; p=0.034; η_p^2 = 0.252], além de post-hoc ter indicado diferença significativa entre os grupos de jovens e idosos quando comparadas as perturbações 1 pós-intervenção (p=0,021); entre a perturbação 10 pré-intervenção e a perturbação 1 pós-intervenção para o grupo jovens (p=0,012). Já a latência de ativação do músculo TA mostrou efeito significativo para grupo [F (1,12) =0,542; p=0.036; η_p^2 = 0.316] e perturbação [F (2,24) =4,464; p=0.022; η_p^2 = 0.271]. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observaram-se adaptações nas respostas posturais automáticas para perturbações posteroanteriores, e a latência de ativação diminuiu para jovens com a BMTE. Os músculos SO e TA não apresentaram alteração em ambos os grupos. Com o acelerômetro, foi possível observar a maior capacidade de adaptação e busca por uma resposta mais eficiente dos jovens ao tentar recuperar a estabilidade postural, além daqueles com maior valor de estabilidade terem menor latência eletromiográfica do músculo GM, e aumento na amplitude de ativação do músculo SO, visando recuperar a estabilidade postural posteroanterior. A estratégia de avaliar a latência eletromiográfica se mostrou boa para comparações entre jovens e idosos, e o tema ainda abre espaço para o desenvolvimento de novas pesquisas e ferramentas acessíveis e mais robustas para a promoção da saúde.

PALAVRAS-CHAVE:

equilíbrio; idosos; amplitude; eletromiografia; estabilidade postural.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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