INTRODUÇÃO: Barreiras morais relacionadas à população migrante intensificam suas dificuldades no acesso à saúde, seja na busca por prevenção, acompanhamento ou promoção deste bem, violando diversos pressupostos dos Direitos Humanos. O presente projeto oferecerá reflexões sobre as barreiras ao acesso à saúde das mulheres e seus filhos, emigrantes ou imigrantes no Brasil. – OBJETIVOS: Identificar as barreiras ao acesso à saúde das mulheres e seus filhos migrantes no Brasil. – MATERIAIS E MÉTODO: Esse trabalho é uma revisão integrativa da literatura. As buscas foram realizadas em bases de dados como Bireme.org, Scielo.org, Scielo.br e Pubmed. As análises das vulnerabilidades foram baseadas nos conceituais de Ayres (2006) – vulnerabilidade programática, social e individual e de Sanches, Mannes e Cunha (2018) sobre vulnerabilidade moral. – RESULTADOS: De acordo com a categorização dos artigos todas as vulnerabilidades foram contempladas, mesmo com uma amostra literária reduzida sobre o assunto. Vulnerabilidades programáticas e sociais foram as mais comuns. A migração de mulheres dentro do Brasil é impulsionada pela busca à saúde de qualidade, por ocasião do parto, tratamento de doenças contagiosas e de doenças graves como o câncer. Contrastando com essas informações, as vulnerabilidades individuais e sociais estão mais ligadas ao preconceito seja a chave para a decisão da migração para centros maiores, onde as diferenças são mais presentes na população e os estigmas sociais já são menos comuns. Uma crescente busca pela migração como forma de ascensão profissional de mulheres chefes de família, que visam um futuro melhor para seus filhos é uma alternativa para esse deslocamento migratório. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da análise de literatura foi possível perceber quais são as vulnerabilidades que dificultam o acesso à saúde das mulheres e suas famílias no Brasil. Foram evidenciados todos os tipos de vulnerabilidades: social, moral, individual e programática, sendo que, esta última é a que mais move investimentos públicos. Foram encontrados poucos estudos abordando o assunto, o que pode ser explicado pelo cenário mais atual na busca de libertação feminina. Exatamente por esse motivo, são imprescindíveis novos estudos na área.
