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RELAÇÃO ENTRE A PERCEPÇÃO DE SUSCETIBILIDADE À COVID-19 E ADOÇÃO DE COMPORTAMENTOS PROTETIVOS: UMA ANÁLISE DE ABRANGÊNCIA NACIONAL

RESUMO

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 impôs diversas mudanças comportamentais, sociais e econômicas à sociedade de modo geral. Por muito tempo, as intervenções não-farmacológicas foram a única forma de proteção contra a doença e, até o momento mais atual, ainda são de grande valia. Esses comportamentos protetivos dependem de alguns fatores e, entre eles, a percepção de suscetibilidade e risco em relação à doença. A associação entre essas duas variáveis é, ainda, pauta a ser investigada afundo. – OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a percepção de suscetibilidade ao vírus da COVID-19 e a adoção de medidas protetivas. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal realizado por meio de inquérito online com 2.413 indivíduos, de todas as regiões do Brasil, entre 18 e 60 anos em fevereiro e março de 2021. Foram coletados dados a respeito da suscetibilidade percebida contra a doença e a adoção de 12 comportamentos protetivos relacionados à COVID-19, assim como variáveis sociodemográficas presentes no questionário. As variáveis foram descritas por distribuição de frequências absoluta e relativa. Para testar a associação entre a percepção de suscetibilidade ao vírus e a adoção de medidas protetivas foi utilizada a análise de regressão logística binária bruta e ajustada para possíveis variáveis de confusão. – RESULTADOS: Dentre os participantes do estudo, aceitaram participar e tiveram respostas completas para as questões de interesse 1.145 pessoas. Em relação à percepção de suscetibilidade ao vírus, 47,6% relataram estar extremamente preocupados com a possibilidade de se infectar e 69,1% apresentaram a mesma preocupação com a possibilidade de que algum membro da família/amigos fique doente. Em relação à possibilidade de se contaminar, 46,9% dos participantes percebem esta possibilidade alta ou muito alta. Aproximadamente um terço (36%) da amostra afirmou aderir a todos os 12 comportamentos questionados. Observou-se uma tendência em aumentar a proporção de pessoas que aderiram a todas as medidas protetivas com o aumento da preocupação com a possibilidade de contrair COVID-19. A adoção de medidas protetivas foi maior entre indivíduos extrema preocupação em contrair a doença (OR=4,25; IC95%=1,74 – 10,32). Por outro lado, entre aqueles que percebiam muito alta possibilidade de contrair COVID-19, observou-se menor chance da adoção de todas as medidas protetivas (OR=0,36; IC95%=0,19 – 0,66) com maior percepção de suscetibilidade apresentam maiores chances de aderirem às medidas protetivas de combate ao vírus. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a percepção de suscetibilidade é um fator positivamente associado à adoção de comportamentos de proteção contra a COVID-19 e pode ser utilizada como chave na elaboração de políticas públicas de combate a crises sanitárias futuras semelhantes.

PALAVRAS-CHAVE:

COVID-19; percepção de suscetibilidade; comportamentos protetivos; teoria da crença na saúde.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão Oral:
(O1.4) PIBIC – Sessão COVID-19 – Ciências da Saúde – MED, SC : 25/10 – 10h30 – 12h30 – Auditório – Mario de Abreu
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos do CNPq
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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