INTRODUÇÃO: A teoria dos “primeiros mil dias” que compreende todo o ciclo uterino até o bebê completar dois anos, enfoca na importância da alimentação balanceada, a fim de consolidar o desenvolvimento neuro cognitivo, acuidade visual, crescimento e diminuição dos riscos ao surgimento de doenças e comorbidades ao longo da vida desse indivíduo em formação. Ao estudar o perfil alimentar dos bebês é possível entender a influência das práticas alimentares no desenvolvimento da criança e no impacto na sua vida adulta. – OBJETIVOS: O objetivo geral deste relatório foi traçar um perfil alimentar do recém-nascido de uma coorte do sul do Brasil. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal e quantitativo, alinhado com o COOSMIC (Coorte de Saúde Materno-Infantil de Curitiba) realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em parceria com a Unidade de Saúde Mãe Curitibana. A coleta de dados foi feita nas dependências da Unidade de Saúde Mãe Curitibana de forma presencial ou de forma remota através de contato telefônico com o envio dos links dos questionários às gestantes. Os critérios de inclusão foram mulheres residentes em Curitiba, PR, acima de 18 anos completos. Foram selecionadas as questões sobre intenção de amamentação, método de realização da amamentação, introdução alimentar e como se dá a alimentação da criança no perinatal, três meses e seis meses após o nascimento. – RESULTADOS: Foram 86 entrevistadas no perinatal, 78 aos três meses do bebê e 108 aos seis meses de idade. Aos três meses de vida, 63% (n = 49) das crianças haviam ingerido suco, chá, água, leite em pó, leite de vaca e outros. A introdução alimentar aos três meses ocorreu para 14% das crianças. Houve queda gradativa da amamentação ao longo do perinatal, três meses e seis meses, com 86%, 78% e 69%, respectivamente. A introdução alimentar já havia iniciado para 82% dos bebês aos seis meses, sendo a introdução de balas por 5%, bolacha recheada 3%, salgadinho 3%, salsicha 2% e açúcar 12%. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há muitos equívocos quanto às definições do aleitamento materno exclusivo e introdução alimentar, pois o perfil alimentar dos bebês identificado nesse estudo está aquém da recomendação da Organização Mundial da Saúde, de aleitamento materno exclusivo até os seis meses e contínuo até os dois anos, e a introdução alimentar complementar aos seis meses de vida da criança.
(O4.3) PIBIC – Ciências da Saúde – NUT, EF, SC : 26/10 – 08h30 – 10h30 – Auditório – Carlos da Costa