INTRODUÇÃO: Dentro do ranking de agentes tóxicos, os medicamentos são os mais envolvidos em intoxicações. Os medicamentos mesmo sendo essenciais para a manutenção do bem-estar, podem promover riscos à saúde se forem utilizados de forma incorreta e extensiva, estes aspectos refletem a realidade brasileira na qual a automedicação, erro de administração e a dificuldade de atendimento e acesso aos serviços de saúde pública, incentivam essa prática. – OBJETIVOS: Avaliar a incidência de intoxicações por medicamentos na região Norte Central do Paraná, no período de dez anos (2012 a 2021), considerando as variáveis sexo, faixa etária e os desfechos dos casos. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo retrospectivo, exploratório descritivo para intoxicações por medicamentos em todos os municípios localizados na região Norte Central do Paraná. Os dados foram obtidos através da plataforma eletrônica do DATASUS pela base de dados do SINAN. Adotou-se para análise e discussão as variáveis: sexo, faixa etária e desfecho (cura e óbito). – RESULTADOS: No período e na região estudados foram notificados 14.188 casos de intoxicação medicamentosa. O sexo feminino foi o mais acometido (70,49%, P < 0,0001), bem como os jovens-adultos de 20 a 39 anos que representaram 41,89% dos casos, e a evolução clínica mais notificada para os casos intoxicação medicamentosa registrada foi a cura. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados da pesquisa indicam que a intoxicação medicamentosa é um importante problema de saúde pública a ser enfrentado, comprovando a necessidade da participação multiprofissional no incentivo do uso racional de medicamentos através da implementação e elaboração de projetos preventivos mais eficazes que protejam e promovam a saúde de forma continuada. Os dados demonstram que mulheres e adultos-jovens são mais favoráveis a este tipo de agravo, indicando a necessidade de uma medida direcionada a este grupo.