INTRODUÇÃO: A eritropoietina é um hormônio endógeno de natureza glicoproteica, produzido em células epiteliais que revestem os capilares peritubulares renais. Essa substância tem a função de regular a eritropoese, ou seja, a maturação de hemácias na medula óssea. A doença renal crônica influencia diretamente na produção desse hormônio, pois o rim não é capaz de produzi-lo de maneira eficaz, gerando queda e consequente anemia crônica nestes pacientes. A baixa de eritrócitos no sangue compromete a oxigenação eficaz dos tecidos, pois esta célula tem por função o carreamento de oxigênio no sangue. Por conta disso, trata-se nefropatas com eritropoetina recombinante humana (EPO-rHU), a qual pode ter marcante impacto na melhora do desfecho clínico destes indivíduos. – OBJETIVOS: Investigar a ocorrência de sintomas adversos em consequência em pacientes ao uso crônico da eritropoietina. Os sintomas adversos investigados foram hipertensão arterial, sepse, trombose venosa profunda, febre após o uso de EPO-rHU, convulsões, trombose de fístula arteriovenosa, tromboembolismo pulmonar, dor em fístula arteriovenosa e isquemia miocárdica. Além disso, também foi investigado o impacto desta substância nas hemácias, leucócitos e plaquetas dos pacientes. – MATERIAIS E MÉTODO: O método utilizado foi uma observacional, no período de janeiro a dezembro de 2021, utilizando laudos e prontuários eletrônicos de pacientes de um hospital universitário de alta complexidade da rede pública de Curitiba, PR. – RESULTADOS: Os prontuários destes pacientes apresentaram eventos adversos compatíveis com a o uso de eritropoetina presentes na literatura, ou seja, presença de hipertensão arterial (62%), sepse (9%), trombose venosa profunda (6%), febre após o uso de EPO-rHU (6%), convulsões (3%), trombose de fístula arteriovenosa (3%), tromboembolismo pulmonar (2%), dor em fístula arteriovenosa (1%). Observamos também resposta aos elementos figurados do sangue. Ocorreu aumento dos níveis de hemoglobina quando administrado a EPO-rHU e 100% dos pacientes plaquetopênicos apresentavam contagem de plaquetas normais após o término da administração de EPO-rHU. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Encontramos nos prontuários destes pacientes relatos de eventos adversos compatíveis com a o uso de eritropoetina presentes na literatura. Os resultados encontrados foram copativeis com informações semelhantes já publicadas e consegumos discriminar os resultados semelhantes daqueles discrepantes à outras pesquisas. Logo, concluímos que por meio do seu efeito replicativo e antiapoptóticos, a EPO-rHU é responsável pela ocorrência de efeitos colaterais ao seu uso, sobretudo no que tange o aumento de eventos trombóticos. Além disso, também foi avaliado a resposta dos elementos figurados do sangue dos pacientes ao uso de EPO-rHU. Deste modo, concluiu-se que esse hormônio exerce influência marcante na replicação e sobrevida dos eritrócitos, contudo de alguma maneira também pode beneficiar a contagem de leucócitos e plaquetas, principalmente naqueles que possuíam índices abaixo do limite inferior da normalide.