INTRODUÇÃO: Os benzodiazepínicos (BZD) são psicotrópicos comumente utilizados na prática clínica médica, visto que esses neurofármacos atuam como ansiolíticos, hipnóticos, anticonvulsivantes e até relaxantes musculares. Embora lançados no início da década de 1960, os BZD ainda são os psicotrópicos mais utilizados para o tratamento de transtornos de ansiedade. Esse cenário relaciona-se a sua eficácia como ansiolítico e hipnótico e a sua segurança farmacêutica em relação a toxicidade por superdosagem. Entretanto, os efeitos colaterais dos BZD podem estar presentes mesmo em doses terapêuticas e têm maior prevalência em pacientes com uso indevido ou crônico desses psicotrópico. – OBJETIVOS: Avaliar a prescrição de benzodiazepínicos registrados em prontuários de pacientes atendidos no serviço ambulatorial de um hospital universitário do sul do Brasil. Verificar a prescrição de benzodiazepínicos para pacientes atendidos no serviço ambulatorial de um hospital universitário do sul do Brasil. Traçar o perfil dos pacientes que receberam a prescrição de benzodiazepínicos. – MATERIAIS E MÉTODO: Os benzodiazepínicos (BZD) são psicotrópicos comumente utilizados na prática clínica médica, visto que esses neurofármacos atuam como ansiolíticos, hipnóticos, anticonvulsivantes e até relaxantes musculares. Embora lançados no início da década de 1960, os BZD ainda são os psicotrópicos mais utilizados para o tratamento de transtornos de ansiedade. Esse cenário relaciona-se a sua eficácia como ansiolítico e hipnótico e a sua segurança farmacêutica em relação a toxicidade por superdosagem. Entretanto, os efeitos colaterais dos BZD podem estar presentes mesmo em doses terapêuticas e têm maior prevalência em pacientes com uso indevido ou crônico desses psicotrópico. – RESULTADOS: A análise do perfil dos pacientes usuários de BZD, o percentual de mulheres que recebeeu a prescrição da medicação foi de 63,3% . Considerando a idade dos pacientes a média obtida foi de 47 anos, sendo 66,7% na faixa de 41 a 60 anos. Diazepam (60%) e Clonazepam (33,3%) foram os BZD com maior percentual de prescrição. Entre os 30 pacientes usuários de BZD, 12 apresentam diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e 10 de Transtorno Depressivo Maior (TDM). O tempo de tratamento identificado, verificou-se a distribuição comvariação desde de início recente até utilização por período superior a 10 anos. Em 46,7% dos prontuários não constava o período de tratamento. Outros dados de grande relevância obtidos durante o estudo foram os medicamentos utilizados juntamente com os BZD, dentre os quais, inúmeros exemplos de uso contínuo. Quando se aborda um paciente polimedicado, é essencial buscar a avaliação do risco potencial de interações medicamentosas. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os BZD são medicamentos integrantes do arsenal terapêutico há pelo menos seis décadas, o que por um lado, é interessante pois os dados referentes ao grupo são consistentes. Apesar do efeito psicotrópico e potencial de dependência, são considerados seguros pois possuem amplo Índice Terapêutico (IT). A despeito do exposto, é de domínio que o uso abusivo, em especial de forma prolongada desta classe pode trazer consequências deletérias para a saúde da população, em especial no que se refere aos idosos, visto que estes constituem um grupo que utiliza de forma contínua os BZD, e em decorrência dos efeitos adversos podem ficar mais susceptíveis a acidentes.