Logo PUCPR

O PAPEL DA IGE NA LESÃO PULMONAR CAUSADA PELA INFECÇÃO POR SARS-COV-2

RESUMO

INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019, as autoridades chinesas relataram vários casos de pneumonia de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei – China. Atualmente, estudos apontam que o epicentro da pandemia possa ter iniciado na cidade de Huanan. Frente a nova pandemia do Coronavírus, compará-lo com outro agente viral pandêmico (H1N1), traz luz a fisiopatogenia envolvida e a possibilidade de novas abordagens terapêuticas. – OBJETIVOS: O objetivo desse estudo consiste em avaliar a expressão imunohistoquímica tecidual da Imunoglobulina E (IgE) e a densidade de Células Mastocitarias (CMs) em amostras pulmonares post-mortem de pacientes que foram a óbito por COVID-19 e comparar com amostras pulmonares post-mortem de pacientes que foram a óbito por H1N1pdm09 e amostras controle. – MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, amostras de pulmão post-mortem do Grupo COVID-19 (n=24), Grupo H1N1 (n=10) e Grupo Controle (n=11) foram analisados por intermédio da técnica de imunohistoquímica, utilizando biomarcador específico para IgE (Anti-IgE) em CMs opsonizadas por IgE; a densidade de CMs e foi identificada pela coloração com azul de toluidina (AT). Essas CMs foram contabilizadas exclusivamente no septo alveolar e espaços perivasculares, através da contagem de células imunomarcados em 20 campos de grande aumento (CGA, objetiva de 40X) por paciente, pelo microscópio óptico BX50. Em seguida, os achados estatísticos foram analisados usando o teste de Shapiro-Wilk, Mann-Whitney, T de student e exato de Fisher. – RESULTADOS: A partir disso, observamos que em relação à densidade de CMs IgE+, o grupo COVID-19 apresentou um aumento no número de CMs opsonizados por IgE quando comparado ao grupo CONTROLE (p<0,001). No entanto, não houve diferença estatística quando comparado ao grupo H1N1 (p=0,92). Em relação à densidade de CMs, o grupo COVID-19 apresentou um aumento no número de CMs corados por azul de toluidina quando comparado ao grupo H1N1 (p=0,001) e CONTROLE (p=0,001). Por fim, é preciso entender que COVID-19 difere quanto a sua resposta imunológica quando comparada ao H1N1. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 não apresentam diferença significativa na imunoexpressão de IgE quando comparado ao H1N1, fato esse influenciado pela limitação temporal das amostras coletadas. No entanto sua diferença significativa em relação ao grupo Controle nos mostra o relevante papel da imunoglobulina E na fisiopatogenia da COVID-19, sendo um importante destaque para a possibilidade de um novo alvo terapêutico futuro.

PALAVRAS-CHAVE:

COVID-19; H1N1; células mastocitárias; IgE; SARS-CoV-2.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão Oral:
(O1.4) PIBIC – Sessão COVID-19 – Ciências da Saúde – MED, SC : 25/10 – 10h30 – 12h30 – Auditório – Mario de Abreu
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos do CNPq
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

Compartilhe

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email