INTRODUÇÃO: A endometriose é caracterizada como uma doença inflamatória, crônica, benigna, progressiva e estrogênio dependente que afeta mulheres em idade reprodutiva. A patogenia possui etiologia multifatorial e manifesta-se com a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina e, clinicamente, com dismenorreia, dor pélvica, dispareunia, infertilidade, sintomas intestinais e do trato urinário inferior (LUTS) e dor. Autores discutem a hipótese de a endometriose pélvica profunda estar associada disfunções do trato urinário inferior (DTUI). Todavia, sabe-se não há alta confiabilidade ao identificação destas alterações baseada apenas nos sintomas do trato urinário inferior (LUTS), visto que, a sintomatologia urinária pode ser dissimulada pela exuberância dos sintomas da própria endometriose pélvica. Ademais, a recomendação de realizar um estudo urodinâmico antes da cirurgia redutora não é um consenso na literatura. – OBJETIVOS: Avaliar a associação entre as alterações urodinâmicas e a localização dos implantes de endometriose pélvica. – MATERIAIS E MÉTODO: Foram coletados dados clínicos dos prontuários das pacientes atendidas pelo Dr. Francisco Carlos de Oliveira Lopes e que realizaram o exame de Urodinâmica na clínica Litotrip. As informações dos prontuários e os laudos referentes à Urodinâmica foram tabulados e as variáveis foram submetidas a análise estatística através do teste do Qui-quadrado para avaliar a associação entre os locais de implantes de endometriose e as alterações urodinâmicas. – RESULTADOS: Em análise estatística realizada não foram encontradas associações entre os locais dos implantes de endometriose pélvica e as alterações urodinâmica que demonstrasse significância para predizer os achados urodinâmicos a partir do local do implante da endometriose. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não se observou associação entre os locais dos implantes de endometriose pélvica e as alterações urodinâmica.