INTRODUÇÃO: Diabetes tipo 2 está entre as principais causas de doença renal avançada, necessitando de terapia renal substitutiva (TSR) em todo o mundo. O tratamento destes pacientes é muito desafiador, uma vez que sofrem com muita variabilidade glicêmica e períodos de hipoglicemia assintomática. – OBJETIVOS: Comparar os efeitos adversos e o controle glicemico em pacientes em hemodiálise entre 3 insulinas com mecanismos de ação diferentes. – MATERIAIS E MÉTODO: 11 pacientes diabéticos tipo 2 em uso de insulina NPH e em hemodiálise foram selecionados para o estudo. Cada paciente passou um período de 14 dias utilizando cada uma das 3 insulinas estudadas – NPH, Glargina e Degludeca. Para a aferição de variabilidade glicêmica foram utilizados sensores de monitorização contínua de glicose (MCG). – RESULTADOS: As médias das glicemias foram significativamente maiores para a insulina NPH quando comparada com a insulina Degludeca (p< 0,001) e para a comparação da insulina Glargina com a insulina Degludeca (p<0,001). Quando avaliado a presença de hipoglicemias (< 70 mg/dL) não houve diferença na média das glicemias entre o dia de hemodiálise e o dia interdialítico p=0,919. Porém, quando o nível de hipoglicemia foi considerado < 54 mg/dL houve mais hipoglicemias nos dias interdialíticos, 43,8 mg/dL x 44,5 mg/dL (p=0,002). Em dias interdialíticos a presença de glicemia <70 mg/dl foi indiferente para os 3 tipos de insulina estudadas, porém, em dias dialíticos a insulina Glargina causou mais hipoglicemia que a insulina NPH (p <0,001) e a insulina Degludeca (p=0,011). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A monitorização contínua de glicemia demonstrou que os períodos de hipoglicemia <54 mg/dl foram mais frequentes em dias interdialíticos, entretanto essa diferença não foi observada considerando a faixa de corte para hipoglicemia como 70mg/dl. Na comparação entre as 3 insulinas a insulina Glargina causou mais hipoglicemia do que as outras duas insulinas estudadas.