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AVALIAÇÃO CLÍNICA E ECOCARDIOGRÁFICA DE PRÓTESE BIOLÓGICA EM POSIÇÃO MITRAL

RESUMO

INTRODUÇÃO: As valvopatias estão entre as doenças cardiovasculares que mais levam os pacientes ao internamento no Brasil. A principal etiologia em adultos de países desenvolvidos é a calcificação dos folhetos, e no Brasil é a febre reumática. A Estenose Mitral (EM) por degeneração ocorre pela calcificação do anel mitral. Na etiologia reumática, a insuficiência mitral (IM) se manifesta na forma aguda e a EM, na forma crônica. Em estágio grave, o tratamento definitivo é cirúrgico e uma das opções, além do implante metálico, é a prótese biológica porcina ou de pericárdio bovino. Essa prótese não exige uso de anticoagulantes, não apresenta ruídos e tem boa hemodinâmica. Além disso, quando implantadas em pacientes acima dos 65 anos, reduz o número de reoperações. Existem poucos estudos para orientar a escolha da prótese ideal. Portanto, a realização de estudos avaliando a clínica e os parâmetros ecocardiográficos de pacientes com esse tipo de prótese auxiliará em escolhas assertivas e condutas futuras. – OBJETIVOS: Analisar o perfil clínico e ecocardiográfico de pacientes atendidos no ambulatório de valvopatias de um hospital de Curitiba (PR) que possuam implantes biológicos em posição mitral. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal, retrospectivo. Os dados foram coletados de prontuários de pacientes com prótese biológica mitral atendidos entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022. Além das variáveis epidemiológicas e dados ecocardiográficos, coletou-se a data da primeira cirurgia de troca valvar, valvopatia prévia e se houve reoperações. – RESULTADOS: Foram incluídos 24 pacientes, cuja média etária foi de 63 anos. 54,2% são do sexo feminino e 62,5% são de etnia branca. Hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e fibrilação atrial estão presentes em 70,8%, 54,2% e 37,5% dos pacientes, respectivamente. O implante de prótese biológica foi o primeiro procedimento cirúrgico de 95,8% dos pacientes e 36,4% estão com a prótese há mais de 5 anos. Dos 4 que precisaram ser reoperados, 3 realizaram a primeira cirurgia com idade inferior a 60 anos. As médias da dimensão do átrio esquerdo, da fração de ejeção, da dimensão diastólica e da dimensão sistólica são de 48 mm, 62%, 49 mm e 31 mm, respectivamente, e 47,4% das próteses apresentam refluxo mínimo, sem repercussão hemodinâmica. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: De modo geral, o perfil dos pacientes que possuem implantes biológicos em posição mitral é de mulheres idosas que estão apresentando boa evolução clínica e ecocardiográfica após o procedimento cirúrgico.

PALAVRAS-CHAVE:

doenças das valvas cardíacas; valva mitral; Implante de prótese de valva cardíaca; febre reumática.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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