INTRODUÇÃO: A infecção por SARS-CoV2 promove uma diversidade de manifestações clínicas tanto no estado agudo da doença, quanto em períodos prolongados atingindo diferentes órgãos e tecidos como pulmão, rins, coração, cérebro e tecido adiposo (TA). Apesar de haver indicações sobre como o vírus pode agir sobre o TA, ainda não há entendimento conclusivo de quais são os mecanismos moleculares afetados pelo COVID-19. – OBJETIVOS: Este estudo teve por objetivo investigar os efeitos post mortem da infecção por SARS-CoV-2 sobre os parâmetros de estresse oxidativo no tecido adiposo. – MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, pacientes falecidos no hospital Marcelino Champagnat, Curitiba, PR, entre os meses de março a julho de 2021 por infecção do SARS-CoV-2 foram investigados. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado por um representante legal e as amostras do TA subcutâneo foram extraídas por biópsia minimamente invasiva em até 4 horas após o óbito, processadas e armazenada a -80 para posterior análises dos parâmetros redox. Dados demográficos, laboratoriais e de imagem também foram coletados a partir dos prontuários. Para análise dos dados, os pacientes foram classificados conforme a idade (60 anos) e pelo índice de massa corporal (IMC, 30kg/m2). – RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis de produção total de oxidantes e danos oxidativos em lipídeos em ralação a idade e ao IMC. Uma moderada correlação entre a produção total de oxidantes e os níveis de MDA também foram observados nesse estudo. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nossos achados revelam que as alterações redox musculares em pacientes mortos por convid-19 ocorrem de maneira independente do IMC e idade. Entretanto, estudos adicionais são necessários para aprofundar o papel do sistema redox muscular na fisiopatologia da COVID-19.