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ALTERAÇÕES NO PERFIL REDOX MUSCULAR EM PACIENTES QUE FALECERAM POR COVID-19

RESUMO

INTRODUÇÃO: A infecção pelo SARS-Cov-2 e consequente doença do corona vírus COVID-19 promove diversas manifestações clínicas, atingindo diferentes órgãos e tecidos. Acredita-se que essas complicações estejam relacionadas com a chamada “tempestade de citocinas”, que além de afetar diretamente as células do trato respiratório pode também afetar os demais sistemas orgânicos, incluindo o sistema musculoesquelético. Os efeitos da infecção pelo SARS-Cov-2 sobre o sistema musculoesquelético chama a atenção devido ao estado de fadiga muscular constante relatado pelos pacientes, independente da gravidade da doença e mantido por um período prolongado. Além disso, estudos prévios têm relatado que quadros graves de COVID-19 levam à mialgia, miopatia e rabdomiólise. – OBJETIVOS: Esse estudo objetivou investigar os efeitos post-mortem da infecção por SARS-CoV-2 sobre os parâmetros clínicos-inflamatórios e redox muscula. – MATERIAIS E MÉTODO: Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer n. 4.621.159/2020) foi desenvolvida uma coorte prospectiva de pacientes internados no Hospital Marcelino Champagnat, Curitiba, PR. Participantes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que faleceram decorrente da infecção em consequência à infecção por SARS-CoV-2 durante o período de julho de 2021 até fevereiro de 2022 foram incluídos no estudo após assinatura legal do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo responsável legal. Dados clínicos foram obtidos a partir dos prontuários. Uma biopsia minimamente invasiva, para a retirada de um fragmento do músculo reto-femoral (200mg), foi realizada por um profissional médico intensivista do próprio hospital e integrante da equipe desse projeto. As amostras foram cuidadosamente armazenadas para posterior avaliação da atividade da catalase, capacidade antioxidante total, produção de oxidantes totais, e níveis de malondialdeído (MDA). – RESULTADOS: Foram coletadas amostras de 25 participantes de ambos os sexos, sendo 5 do sexo feminino e 20 do masculino. Também foram coletados dados demográficos, bioquímicos e fisiológicos desses pacientes. Os participantes foram classificados conforme a idade (não idosos £ 59,9 anos e idosos ³ 60 anos) e ao índice de massa corporal (IMC, não obeso £ 29,9 kg/m2 obeso ³ 30 kg/m2). Embora observamos baixos níveis da capacidade antioxidante muscular e níveis elevados de danos oxidativos em lipídeos, nenhuma diferença significativa (p<0,05) foi observada quando os participantes foram estratificados por IMC e idade. Também não foram observadas correlação significativas entre todas as variáveis analisadas. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de estudos prévios trazerem o elevado IMC e a senescência como fatores diretamente proporcionais ao grau de inflamação do musculo estriado esquelético, esses parâmetros não interferem no perfil redox muscular de pacientes que faleceram por COVID-19. Entretanto, estudos adicionais envolvendo outros parâmetros redox ainda são necessários.

PALAVRAS-CHAVE:

COVID-19; parâmetros inflamatórios; SARS-Cov-2; redox; estresse oxidativo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão Oral:
(O1.4) PIBIC – Sessão COVID-19 – Ciências da Saúde – MED, SC : 25/10 – 10h30 – 12h30 – Auditório – Mario de Abreu
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade Iniciação Científica Voluntária (ICV)
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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