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LETRAMENTO FUNCIONAL EM SAÚDE, CONHECIMENTO SOBRE A DOENÇA E RELAÇÃO COM INDICADORES SOCIOECONÔMICOS DE PACIENTES DIABÉTICOS

RESUMO

INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus (DM) é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. É uma das doenças crônicas que possui alta prevalência causando como impacto desde complicações agudas e crônicas até alta taxa de hospitalização e mortalidade. Para melhor controle da doença e autocuidado é necessário um adequado letramento funcional em saúde (LFS), que é o grau pelo qual os indivíduos têm capacidade para obter, processar e entender informações básicas e serviços necessários para a tomada de decisões adequadas em saúde. – OBJETIVOS: Analisar o letramento funcional em saúde e o grau de conhecimento sobre o Diabetes Mellitus e sua relação com indicadores socioeconômicos em pacientes atendidos num ambulatório de Curitiba, PR. – MATERIAIS E MÉTODO: Pesquisa de caráter descritivo-analítico, com desenho transversal e abordagem quantitativa, realizada em um ambulatório de endocrinologia em Curitiba, PR. Como critérios de inclusão, foi determinada a população de estudo envolvendo o universo de pacientes com DM diagnosticada, com idade acima de 18 anos e ativos no atendimento do ambulatório de endocrinologia no período de outubro de 2021 a maio de 2022. A exclusão à participação no estudo se deu na vigência de limitações de comunicação para responder aos instrumentos de coleta de dados e/ou prontuários incompletos. Foram utilizados como instrumentos de coleta questionários sobre indicadores socioeconômicos, conhecimento sobre o diabetes, miniexame do estado mental (MEEM) e o teste para levantar o LFS dos pacientes – “Test of Functional Health Literacy in Adults” (TOFHLA). Os dados foram inseridos e armazenados em um banco de dados no programa Excel 2010 e analisados por estatística descritiva. Para avaliar a associação entre variáveis categóricas, foi empregado o teste Qui-Quadrado, sendo considerados valores significativos quando p ou igual a 60 anos; 93,3% possuem pelo menos uma comorbidade associada à DM e 96,7% classificados como tipo 2 da doença. Todos os 30 pacientes sabiam o tempo de diagnóstico da doença, sendo 50% diagnosticados entre 5 e 10 anos. A maioria dos pacientes situa-se nas classes sociais D e E. Dados referentes à escolaridade dos entrevistados mostram que nenhum paciente possui ensino superior completo e apenas 1 possui ensino superior incompleto, sendo que mais da metade dos entrevistados têm ensino fundamental incompleto. A maioria dos pacientes teve bom desempenho na primeira parte do questionário TOFHLA a qual exigia mais raciocínio, interpretação e conhecimento sobre DM, já na segunda parte que exigia compreensão de leitura 73,33% dos pacientes obtiveram baixo desempenho. Além disso, não foram demonstradas associações significativas da pontuação do escore de conhecimento e do questionário TOFHLA com as variáveis socioeconômicas avaliadas. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de não ter sido observada associação significativa entre as variáveis socioeconômicas e o letramento funcional em saúde, talvez pelo número reduzido de casos, o foco para um letramento adequado pode apoiar estratégias para o tratamento de diabéticos que gerem condições de apoio ao autocuidado, no sentido de transpor limitações de acesso e interpretação de informações.

PALAVRAS-CHAVE:

diabetes Mellitus; letramento em saúde; condições socioeconômicas.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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