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ASSOCIAÇÃO ENTRE DISFUNÇÕES OLFATIVAS E COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EM PACIENTES COM COVID-19

RESUMO

INTRODUÇÃO: Casos de pneumonia de etiologia desconhecida, mas com características semelhantes a um quadro viral, foram identificados na China no final de 2019. Posteriormente, pesquisadores constataram o coronavírus da síndrome aguda grave 2 (SARS-CoV-2) como o causador dessa infecção, a qual foi denominada COVID-19. Além do acometimento pulmonar, a COVID-19 pode estar associada à injúria cerebral. Estudos indicam que a injúria cerebral provavelmente ocorre por múltiplos mecanismos, pois o cérebro pode sofrer danos diretos e indiretos. São propostos dois mecanismos de chegada do vírus até o cérebro: a via hematogênica e a disseminação neuronal retrógrada, sendo que a última envolve o sistema olfatório. Desse modo, distúrbios olfativos podem indicar a ocorrência de injúria cerebral e com isso, estarem associados a complicações neurológicas. – OBJETIVOS: Analisar a associação entre disfunções olfativas e complicações neurológicas em pacientes com COVID-19. – MATERIAIS E MÉTODO: Os dados de prontuário de 989 pacientes com COVID-19 internados entre março de 2020 e setembro de 2021 foram coletados e dispostos em uma tabela do Excel. As informações coletadas desses pacientes foram: idade, sexo, comorbidades, sintomas apresentados no internamento, ocorrência de Acidente Vascular Cerebral e desfecho do caso. – RESULTADOS: No total, foram avaliados os prontuários de 989 pacientes hospitalizados, sendo 350 do sexo feminino e 639 do masculino. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (47,3%), diabetes mellitus (25,2%) e dislipidemia (24,2%). Os sintomas mais prevalentes entre os 989 pacientes foram: cefaleia (22,3%), astenia (15,5%), anosmia (8,3%), ageusia (5,0%), rebaixamento do nível de consciência (1,1%), confusão mental (1,0%) e sonolência (0,9%). Dentre os 989 pacientes, 218 evoluíram a óbito e 771 receberam alta. A presença de acidente vascular encefálico prévio foi considerada um importante preditor de morte, visto que 52% dos pacientes que apresentavam comorbidade evoluíram a óbito. Em relação às manifestações neurológicas, o sintoma de cefaleia esteve relacionado a um quadro leve da doença, visto que 14% dos pacientes com cefaleia evoluíram a óbito. A presença de anosmia e/ou ageusia foi observada como uma preditora de quadro mais leve da doença, visto que 10,2% dos pacientes com esses sintomas evoluíram à óbito. A ocorrência de rebaixamento do nível de consciência, confusão mental e AVC durante o internamento foram considerados como preditores de óbito, visto que, respectivamente, 54,5%, 70% e 60% dos pacientes com esses quadros evoluíram a óbito. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presença de AVC prévio, assim como a ocorrência de rebaixamento do nível de consciência, confusão mental e Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante o internamento foram considerados preditores de óbito. Por outro lado, as manifestações neurológicas de anosmia, ageusia e cefaleia foram relacionadas a desfechos favoráveis.

PALAVRAS-CHAVE:

COVID-19; disfunções olfativas; manifestações neurológicas; complicações neurológicas.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P4.3.8) Sessão Pôster: PIBIC – Ciências da Saúde (P.3) : 26/10 – 16h00 – 16h30 – Hall – Bloco Verde A05
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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