INTRODUÇÃO: A prática meditativa utiliza-se da mente a partir da focalização da atenção e da consciência. Essa prática proporciona o desenvolvimento cognitivo, redução da ansiedade, estresse, bem como a promoção de autoconhecimento, autocompaixão e aproxima a pessoa de seus valores e identidade. – OBJETIVOS: Investigar o efeito da prática meditativa no alívio do sofrimento psíquico, na promoção de estratégias de coping espiritual e autocompaixão em estudantes universitários. – MATERIAIS E MÉTODO: Os alunos da graduação e pós-graduação da PUCPR maiores de 18 anos foram convidados a participar do estudo e fazer a escolha entre as modalidades ofertadas – Exercícios Espirituais Inacianos, Exercícios de Atenção Plena, Meditação Oriental e Exercícios de Respiração e Concentração. Após aceitarem o convite, eram convidados a responder um pré-teste. Após 8 sessões – realizadas entre julho de 2021 e julho de 2022 – de meditação com duração de 60 minutos, foram convidados a responder um pós-teste. O pré e pós-testes consistiam na aplicação de 3 instrumentos de pesquisa – SRQ-20, CRE-14 e Escala de Autocompaixão. A análise desses dados se deu por estatística descritiva (média, mediana, desvio padrão), bem como comparações por amostras pareadas com teste-t de students. – RESULTADOS: Do total da amostra, piores índices de saúde mental estiveram relacionados às baixas taxas de autocompaixão e maiores taxas de coping espiritual negativo. No entanto, foi observado que a prática meditativa esteve relacionada à redução dos índices de coping espiritual negativo e aumento dos índices de autocompaixão. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A meditação se mostrou uma proposta de intervenção capaz de contribuir com a promoção de saúde mental, bem como para a formação de pessoas constituídas de consciência nas conexões consigo mesmas, com o outro, com o mundo e com o transcendente.
