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EPÍFITAS DE UMA ÁREA DA FLORESTA ESTADUAL DO PALMITO

RESUMO

INTRODUÇÃO: Convenciona-se denominar “restingas” área litorânea assentada sobre substrato arenoso que apresente feições de cordões litorâneos. As “restingas” são ecossistemas associados à Floresta Ombrófila Densa, tendo sido, na última revisão do Mapa de Biomas Brasileiros incluídos também como integrante do “Sistema Costeiro-Marinho”. O Parque Estadual do Palmito está localizado na área urbana do município de Paranaguá, apresenta 1780 ha de área total, composta por um mosaico de vegetação litorânea com florestas altas, baixas, escrubes, campos e manguezais. – OBJETIVOS: Identificar as espécies de epífitas vasculares em uma área de floresta alta do Parque Estadual do Palmito. – MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado o levantamento das espécies de epífitas em uma área de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas bem como nas áreas de entorno da administração do Parque. – RESULTADOS: Foram identificadas 87 espécies pertencentes a 44 gêneros e 15 famílias, sendo três espécies exóticas (Nephrolepis exaltata (L.) Schott, Dendrobium nobile Lindl. Papilionanthe teres (Roxb.) Schltr.). Os gêneros mais ricos foram Vriesea com sete espécies (8%) e Peperomia e Aechmea com cinco espécies cada (6%). As famílias mais representativas foram Orchidaceae com 25 espécies (29%), Bromeliaceae com 18 espécies (21%) e Polypodiaceae com nove espécies (10%). Quanto ao grau de ameaça para o Brasil a maioria das espécies não foi avaliada (62 – 71%), 23 (26%) constam como “pouco preocupante” (LC), uma quase ameaçada (Elaphoglossum paulistanum Rosenst – Dryopteridaceae) além de uma como vulnerável (Cattleya guttata Lindl. – Orchidaceae). Esta última havia sido registrada no estado do Paraná apenas seis vezes, duas nos últimos cinquenta anos. O indivíduo coletado no PE Palmito é o único registrado em uma unidade de conservação, os demais foram realizados em áreas atualmente muito degradadas e possivelmente não mais estão presentes. Assim, esta espécie tem que ser incluída como criticamente ameaçada (CR) em uma futura lista das espécies ameaçadas do Paraná. Quanto as categorias de relação com o forófito, predominaram as holoepífitas obrigatórias com 59 especies (68%) e as Holoepífitas facultativas (22 espécies – 25%). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A baixa diversidade, quando comparada a estudos em outras feições da mata atlântica está dentro do esperado para áreas da planície litorânea brasileira. O registro de duas espécies com grau elevado de ameaça mostra como as unidades de conservação são ainda importantes para a manutenção da diversidade biológica apesar de toda a pressão exploratória e negligência governamental a que estão submetidas nos últimos anos.

PALAVRAS-CHAVE:

restinga; floresta de terras baixas; unidade de conservação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P4.4.8) Sessão Pôster: PIBIC – Ciências da Saúde (P.4) : 26/10 – 16h30 – 17h00 – Hall – Bloco Verde A05
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIC da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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