INTRODUÇÃO: A frequência de otopatias em cães apresenta uma alta prevalência, sendo considerada uma causa de dor intensa pelos médicos veterinários. As técnicas de anestesia local do conduto auditivo de cães descritas atualmente na literatura são baseadas na administração perineural de anestésico local realizada por aplicação através de punção e administração do medicamento. – OBJETIVOS: Este estudo cadavérico, teve por objetivo comparar dois volumes para execução da técnica de anestesia perineural do nervo auricular maior. – MATERIAIS E MÉTODO: O estudo cadavérico foi realizado em seis cadáveres de porte médio. Os cadáveres foram obtidos e mantidos na Clínica Veterinária Escola e no Laboratório de Anatomia Veterinária da PUCPR, respectivamente. Inicialmente foram descritos as referências anatômicas e os pontos de referências para realização do bloqueio. Resumidamente, após palpar o processo transverso do atlas, um cateter (Gauge 20) foi inserido superficialmente (aproximadamente 0,3 cm), em direção dorsoventral visando a fáscia profunda do tecido subcutâneo, ao nível do processo transverso do atlas, apontando ventralmente em direção ao sulco jugular, local onde foi depositada a solução. Foram testados dois volumes, sendo cada volume testado em um lado da cabeça. Após colocação do cateter, os volumes testados foram administrados, sendo 0,5 mL no lado esquerdo e 1,5 mL no lado direito. A solução foi preparada diluindo o anestésico local bupivacaína (0,75%, sem epinefrina, CristáliaÒ), com o corante de azul de metileno na concentração de 0,5%. O nervo auricular maior foi identificado superficialmente após dissecação do tecido subcutâneo sobre a região da asa do atlas, sendo observado suas ramificações distais sobre a região dorsal do pavilhão auricular. – RESULTADOS: Os resultados obtidos sobre a marcação do nervo auricular maior a partir dos seis cães utilizados, foram de 50% com o volume de 1,5 mL e de 50% com o volume de 0,5 mL, não demonstrando diferença significativa. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Visto que a técnica realizada às cegas obteve um baixo índice de sucesso em ambas as doses, sugere-se que técnicas para auxiliar a neurolocalização, como a ultrassonografia, permitirá utilizar volumes menores com maior índice de sucesso na realização da técnica.
