INTRODUÇÃO: Para um cão ser treinado para agir em Intervenções Assistidas por Animais (IAA) é imprescindível que esteja saudável e estáveis emocionalmente. Pois apenas cães sadios poderão ter um bom desempenho como terapeutas, visto que o bem-estar físico e mental está associado a absorção de informações e execução de comandos e ações. Uma das principais práticas de manejo sanitário está relacionada a atualização dos protocolos de vacinação e desverminação objetivando a não disseminação de doenças infectocontagiosas ou de caráter zoonótico que podem causar complicações sistêmicas no indivíduo. – OBJETIVOS: O principal objetivo deste trabalho foi realizar o protocolo clínico e sanitário utilizando o conceito de medicina do coletivo para posterior seleção e treinamento dos cães do abrigo da Fazenda Experimental Gralha Azul (FEGA) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com a finalidade de prepará-los para executarem a terapia assistida por animais além da destinação à adoção responsável. – MATERIAIS E MÉTODO: As atividades clínicas foram realizadas por médicos veterinários da PUCPR e foram avaliados 15 cães alojados nos canis da FEGA, resgatados do abandono ao longo dos anos. Para a ação clínica foi desenvolvido um prontuário, cuja função foi identificar e registrar os animais, além de anotar todos os parâmetros avaliados e procedimentos realizados. – RESULTADOS: Os principais procedimentos após avaliação clínica foram a atualização dos protocolos de desverminação (100% – 15 animais), imunização (86,6% – 13 animais) e esterilização (86,6% – 13 animais). Todos os animais receberam chip com seus dados individuais após a cirurgia de esterilização. Dos 3 animais que não foram imunizados, 2 deles foram imunizados após tratamentos de pele determinados e 1 animal ainda permanece internado. Os animais aptos seguem em treinamentos para IAA (93,6% – 14 cães). De forma geral, os animais foram manejados em relação ao coletivo, e somente 1 animal teve que ser retirado do grupo e tratado a parte, por apresentar uma patologia não compatível para recintos de coletivo. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados apontaram que uma abordagem clínica antes da implementação de treinos para os cães foi extremamente necessária para evidenciar casos isolados de doenças, pois é importante estarem saudáveis e aptos para o aprendizado da fase futura do experimento.