UMA ANÁLISE DA ESCRITA FEMINISTA DE RESISTÊNCIA A PARTIR DAS OBRAS DE PATRÍCIA REHDER GALVÃO (1910-1962)

INTRODUÇÃO: NA presente pesquisa alia o conceito de resistência que está circunscrito na atividade de escrita e de engajamento político de Patrícia Rehder Galvão (1910-1962). – OBJETIVOS: Seguimos também uma linha de investigação que faz parte dos estudos da perspectiva de gênero, pois Pagu (como também é conhecida) foi representante na sua vida pessoal, como ativista e erudita do empoderamento da mulher frente a uma sociedade conservadora brasileira da primeira metade do século XX. – MATERIAIS E MÉTODO: Além disso, rastreamos elementos das três fontes dos anos 30 publicadas por Pagu em sua fase engajada: Parque Industrial, Autobiografia Precoce e artigos seus na coluna “A Mulher do Povo”, os quais se encontram dentro do jornal O Homem do Povo. Estudamos sobre a literatura de resistência e de crítica feminista além das biografias já escritas por Pagu. Observamos a construção do seu modelo de escrita feminista de resistência tendo em vista os elementos estéticos e a historicidade das fontes. Nas obras de Pagu encontramos, tanto em Parque Industrial quanto na Autobiografia Precoce, um olhar social sobre o “outro” que conduz o leitor para uma percepção mais crítica da vida. E na sua coluna “A Mulher do Povo”, Pagu apresenta uma crítica as mulheres da elite ressaltando a causa das mulheres proletárias. – RESULTADOS: Ademais acompanhava sua apreciação as suas histórias em quadrinhos “Malakabeça, Fanika e Kabelluda” ao longo do jornal coletivo. Identificamos elementos fundamentais em sua escrita feminista de resistência nas três fontes comparadas: a defesa dos oprimidos da classe proletária, a busca por denunciar a repressão varguista, e uma crítica a elite brasileira que não se importava com as indignidades da pobreza e do preconceito. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nosso estudo contribui para a análise histórica social através da literatura ao contemplarmos Pagu e sua escrita feminista de resistência perante uma sociedade, de ontem e hoje, um tanto ainda conservadora e desigual.