INTRODUÇÃO: A população em situação de rua é um grupo que se encontra em um estado de extrema vulnerabilidade. Uma das dificuldades para acesso é a comida e água. Sabendo disso, o Projeto Mesa Solidária, junto com as OSCs, têm como objetivo a garantia destes para estas pessoas. Entretanto, não é claro se os alimentos fornecidos suprem as necessidades deste grupo de forma efetiva. Por isso, este projeto foi lançado. – OBJETIVOS: O objetivo principal do projeto foi compreender, do ponto de vista do indivíduo em situação de rua, quais são as reais necessidades que este grupo tem, fazendo um comparativo com o que já recebem através do Projeto Mesa Solidária, abrindo um diálogo direto entre estes indivíduos frequentadores do projeto com suas representantes. – MATERIAIS E MÉTODO: Pesquisa transversal, de cunho qualitativo e quantitativo, realizada a partir dos espaços destinados pela SMSAN para o Programa Mesa Solidária. A população de estudo objetivada foram os usuários ativos do Programa Mesa Solidária, a partir de entrevistas com roteiro pré-determinado e aprovado pela orientadora do projeto, junto com a SMSAN. Este roteiro compõem 24 perguntas. – RESULTADOS: Foram realizadas 61 entrevistas, em duas etapas no período da pesquisa, nos restaurantes da Matriz e Plínio, do Projeto Mesa Solidária. A pesquisa foi dividida em duas etapas, devido às mudanças ocorridas na gestão do Projeto, em dezembro de 2021. Com isso, houve diminuição nos serviços de entrega das marmitas. Com as respostas, verificamos que 95,1% dos indivíduos dizem gostar do Projeto e 80,3% acham que a quantidade de comida servida é adequada. Entretanto, a vivência com este grupo nos mostrou o quanto são inseguros e com nenhuma noção dos seus direitos, como cidadãos. Por isso, respondiam as questões com receio e se mostraram resistentes em realizar apontamentos negativos ou em sugestões de mudanças. Assim, acreditamos que os resultados das respostas das entrevistas não são fidedignos com a realidade. Outra questão observada foi o aumento de pessoas que buscam a ajuda do Projeto, mas que não estão em situação de rua. E, por último, verificamos uma confusão quanto ao uso dos espaços físicos do Projeto Mesa Solidária pelo Programa Restaurante Popular. Os indivíduos frequentadores não sabem distinguir a diferença entre eles e, para acessar o Restaurante Popular, precisam arcar com um custo. Assim, este dinheiro deve ser adquirido por algum meio, o que pode estimular esta pessoa a prestar serviços, o que pode ser positivo para suas vidas. Por outro lado, este dinheiro pode ser utilizado para a compra de drogas ou etílicos, sendo um ponto de vista negativo. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A redução dos serviços de entrega das marmitas vai em desencontro com o aumento da população que busca os serviços do Projeto. Por lei, o governo deve garantir as necessidades básicas da população vulnerável. Assim, ele deve entender o potencial que o Projeto e o apoio das OSCs têm para a garantia da alimentação deste grupo. Apoiá-los de uma forma é essencial para que este cumpra a lei.
(O4.3) PIBIC – Ciências da Saúde – NUT, EF, SC : 26/10 – 08h30 – 10h30 – Auditório – Carlos da Costa