INTRODUÇÃO: A ação do samaritano é, sobretudo, uma ação de misericórdia para com aquele que estava caído, extremamente carente, ferido e sem recursos. As atitudes de misericórdia, de compaixão com os necessitados nos deixam mais próximos, possibilita o encontro e quebra divisões. – OBJETIVOS: O objetivo geral é analisar o texto do Evangelho de Lc 10,25-37 com enfoque para os “semimortos” à beira do caminho, deixados pela pandemia. Contextualizar a realidade da época; analisar o contexto no qual a perícope está inserida e a intenção do autor sagrado por meio da exegese bíblica; ensaiar uma relação entre o personagem caído à beira da estrada com os seres humanos esquecidos durante a pandemia, afirmando a importância do cuidado com o ser humano, e suas vulnerabilidades na pandemia da COVID-19. – MATERIAIS E MÉTODO: Baseiam-se nos escritos do Papa Francisco (2020) e outros autores da área para bons embasamentos teóricos coletando os principais dados encontrados. O uso do método da semiótica no estudo do texto bíblico foi ideal, pois permitiu fazer uma exegese que resgatasse, de modo mais fiel, as ideias presentes no texto escolhido. O estudo foi a partir do evangelista Lucas, tomando por base seus escritos de cunho moral e social, observando o contexto da perícope, possibilitando a análise do texto trazendo ao conhecimento os aspectos que o caracteriza e uma análise teológica atualizada. – RESULTADOS: No tempo de Jesus, o próximo era praticamente o membro da seita ou do grupo religioso (fariseus, essênios, zelotes etc.). É sobre este pano de fundo que deve ser entendido o relato do bom samaritano. A importância de pensar o próximo para além das vestes, dos cargos, títulos, condições sociais e função desempenhada na sociedade. Ante a tudo isso, o que ressoa com mais intensidade é a necessidade de cuidado, compaixão e proximidade com os que necessitam, dos que têm direitos e que lhe são tirados, dos que padecem pela fome e falta de saúde, mesmo tendo a possibilidade de serem ajudados. Ainda hoje, a resposta à pergunta “Quem é o meu próximo?” Deve ecoar em uma sociedade em que a competição e a busca pelo lucro e vantagens pessoais, exclui os demais, delimitando as margens para estes. A dimensão Cristológica da parábola implica em conceder maior caráter de importância nos fatos contidos nessa perícope, levando o leitor a entender que não se trata de saber quem é o meu próximo, mas de se fazer o próximo de qualquer homem. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo da parábola não deve ficar apenas na indignação com a atitude do sacerdote e o levita, pois assim se age na maioria das vezes, de fato, quando passa por alguém caído à beira do caminho. No estudo da parábola não cabe a hipocrisia, mas sim assumir de fato a atitude do samaritano e aceitar o desafio de ir e fazer o mesmo.
(O3.2) PIBIC – Ciências Humanas – TEO, ETI, BIOETI : 25/10 – 16h30 – 18h30 – Auditório – Gregor Mendel