INTRODUÇÃO: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune rara, que se caracteriza por fibrose da pele e órgãos internos, vasculopatia e inflamação. É uma condição crônica, com envolvimento de múltiplos sistemas, causando fibrose progressiva de pele e órgãos. Classificada em dois subtipos: limitada, que acomete a pele em suas porções mais distais, e a difusa, que além do comprometimento cutâneo irá trazer repercussões gastrointestinais, pulmonares e renais. – OBJETIVOS: Avaliar a relação entre o acometimento cutâneo e os sintomas gastrointestinais em pacientes com esclerose sistêmica de uma população representativa de indivíduos atendidos pelo ambulatório de Reumatologia do SUS de um hospital universitário de Curitiba, PR. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo observacional prospectivo incluindo pacientes atendidos pelo ambulatório de Reumatologia de um Hospital Universitário em Curitiba. Durante a coleta de dados, foi realizado um questionário de alterações/envolvimento gastrointestinal em pacientes portadores de ES da Universidade da California e avaliado o envolvimento cutâneo através do Escore De Rodnan Modificado e posteriormente, realizada análise de prontuários e análise estatística. – RESULTADOS: Amostra com 27 pacientes, dos quais 8 com a forma difusa da esclerose sistêmica e 19 com a forma limitada, demostrou que existe uma prevalência do sexo feminino entre os portadores da comorbidade. Foi verificado, também, predomínio de baixos valores do Escore de Rodnan Modificado e leves acometimentos no trato gastrointestinal. Além disso não foi demostrado relação entre o acometimento cutâneo e os sintomas gastrointestinais em pacientes com esclerose sistêmica. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verificou-se a importância de traçar um perfil epidemiológico e evolutivo da esclerose sistêmica, para individualizar e melhorar o tratamento desses pacientes, buscando regressão da doença e uma melhor qualidade de vida.