INTRODUÇÃO: O crescimento das taxas de criminalidade no Brasil é significativo, em especial nas metrópoles do país, o que configura relevante problemática para trabalhos científicos. – OBJETIVOS: Perante este fato, a pesquisa tem como objetivo geral analisar as relações entre centralidade, planejamento e segurança em núcleos urbanos de porte metropolitano. – MATERIAIS E MÉTODO: Para o seu alcance, foram levantadas, em um primeiro momento, fontes secundárias para identificação de técnicas, métodos, teorias e conceitos básicos para a elaboração do estudo. Em seguida, foram selecionados 10 objetos de estudo, dois em cada macrorregião brasileira (Norte: Belém, PA; Manaus, AM; Nordeste: Recife, PE; Salvador, BA; Centro-Oeste: Cuiabá, MT; Goiânia, GO; Sudeste: Belo Horizonte, MG; São Paulo, SP; Sul: Curitiba, PR; Porto Alegre, RS), e elaborados mapas de calor de centralidades de usos do solo, fluxos viários e crimes (especialmente furtos e roubos) para o bairro Centro de cada cidade, visando ao relacionamento tanto entre si e com padrões morfofuncionais da paisagem, quanto com diretrizes de planejamento urbano e de segurança pública. A sistematização de informações em mapeamentos e quadros de síntese permitiu a proposição de subsídios à organização dos processos de gestão de urbes contemporâneas. – RESULTADOS: Os resultados alcançados indicam que a incidência criminal tende a acontecer em locais sem significativas centralidades tanto de usos, o que significa menor atratividade de pessoas, quanto de fluxos viários, o que representa reduzida circulação de veículos. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que as respostas à questão investigativa apontam muros extensos, passeios sombreados e calçadas estreitas como principais influências paisagísticas para a ocorrência da criminalidade em espaços públicos de metrópoles brasileiras.