INTRODUÇÃO: Foi realizada uma pesquisa relativa às matrizes filosóficas da noção de pulsão de morte, que compõe a segunda teoria pulsional de sigmund Freud. – OBJETIVOS: Nesta pesquisa se propôs a elaborar considerações acerca da destrutividade humana e suas raízes na natureza dos homens, a partir de sua conceituação de pulsão de morte da psicanálise freudiana. Fez-se importante destacar a complexidade relacionada à teoria das pulsões de Freud, visto que foram elaboradas, em momentos distintos, duas teorias do pensamento freudiano que são compreendidas por meio da noção de que elas não necessariamente se substituem, mas se complementam. A partir disso, a primeira linha de pensamento foi concebida em sua obra As pulsões e seus destinos (1915), e a outra proposta em Além do Princípio do Prazer (1920). É importante frisar a contribuição do conceito de narcisismo, que proporcionou descobertas no sítio da sexualidade, provocando a passagem de uma teoria à outra. Em Além do Princípio de Prazer, o pai da psicanálise propõe, então, considerar duas forças psíquicas opostas, sendo uma que conduz à ação e outra que leva à inanição. Desta forma, o presente projeto teve o objetivo geral de desenvolver uma análise acerca da destrutividade relacionada à conceituação de pulsão de morte por Freud. – MATERIAIS E MÉTODO: Sendo o método empregado o de revisão bibliográfica, abordando autores como Freud e filósofos modernos como Thomas Hobbes e Marquês de Sade. A análise dos resultados indicou que a principal noção para se entender a pulsão de morte diz respeito à compulsão à repetição. Este seria o movimento que impõe ao sujeito a evocação de uma experiência ou uma ideia de desprazer que posteriormente será vinculada por Freud aos impulsos, desejos, pulsões, instintos, e, ainda, à vontade de morte, estes intrinsecamente vinculados à destrutividade. Ademais, depreendeu-se que a correlação entre a pulsão de morte, o supereu e o masoquismo podem ser o princípio do entendimento da destrutividade, todavia, não se pode aduzir que a existência da destrutividade evocada pelo retorno ao inorgânico possua uma explicação nítida e direta. – RESULTADOS: A maior novidade encontrada acerca desta proposição da pulsão de morte entendida por Freud como uma tendência que levaria à descarga, à morte. Entender esse seu movimento é perceber que este visa que o sujeito retorne a um estado de repouso inicial de seu organismo, e isto por meio de vivências que podem ser descritas como destrutíveis. Ela também é responsável pelo sentimento de culpa que faz com que o sujeito se julgue merecedor de sofrimento. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que a correlação entre a pulsão de morte, o supereu e o masoquismo pode ser o princípio do entendimento da destrutividade, todavia, não se pode aduzir que a existência da destrutividade evocada pelo retorno ao inorgânico possua uma explicação consensual. Contudo, uma correlação que tem seu lastro na história da filosofia moderna, notadamente em Thomas Hobbes e Marquês de Sade.