Logo PUCPR

AVALIAÇÃO CLÍNICA E ECOCARDIOGRÁFICA DE PRÓTESE MECÂNICA EM POSIÇÃO MITRAL

RESUMO

INTRODUÇÃO: A doença valvar é responsável por significativa parcela de internações, sendo a valvopatia mitral reumática a mais comum em países em desenvolvimento. A substituição por prótese é indicada quando a preservação da valva nativa não é possível e a cirurgia reparadora é descartada. Entre as opções de implante existem as próteses mecânicas. Entretanto, a literatura ainda é controversa em relação a decisão do tipo de prótese ideal e são poucos os estudos com grande número de pacientes para orientar a escolha definitiva. Abordar o tema possibilitará uma melhor compreensão das características dos pacientes em pós-operatório para direcionar futuros estudos relacionados. – OBJETIVOS: Analisar o perfil clínico e ecocardiográfico de pacientes atendidos no Ambulatório de Cardiologia-Valvopatias do Hospital Nossa Senhora da Luz, em Curitiba, que possuam implantes de próteses mecânicas em posição mitral. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal retrospectivo que incluiu pacientes atendidos no ambulatório que realizaram o procedimento de troca valvar mecânica na posição mitral atendidos no período de setembro de 2021 a abril de 2022. Foram excluídos os pacientes que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o número 31496720.3.0000.0020. As variáveis de interesse principais foram idade, sexo, etnia, comorbidades, medicamentos de uso contínuo, etiologia da doença valvar, número de reoperações em valva mitral, outros procedimentos valvares e, ao ecocardiograma, fração de ejeção de ventrículo esquerdo, diâmetro do átrio esquerdo, septo interventricular, parede posterior do ventrículo esquerdo, raiz aórtica, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo, pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP), área valvar mitral, gradiente médio da valva mitral, pressure half-time (PHT) e presença de refluxo e estenose nas valvas mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar. Variáveis qualitativas foram expressas por frequências e percentuais e as quantitativas por médias, medianas, valores mínimos, valores máximos e desvios padrões. Para a análise estatística foi utilizado o programa SPSS 28. – RESULTADOS: Foram incluídos 33 pacientes com idade média de 55 anos, com predomínio do sexo feminino (57,60%) e da etnia branca (78,30%). Hipertensão arterial (63,60%) foi a principal comorbidade e a varfarina (100%) o medicamento mais utilizado. A etiologia reumática foi a mais prevalente (48,5%) entre as causas conhecidas. Apenas 1 paciente (3%) foi reoperado, com intervalo de 15 anos entre as cirurgias. 24,2% apresentaram prótese mecânica aórtica simultaneamente. Ao ecocardiograma, as médias foram 60% para fração de ejeção, 49 mm para átrio esquerdo, 10 mm para septo interventricular e parede posterior do ventrículo esquerdo, 34 mm para raiz aórtica, 51 mm para diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo, 41 mmHg para PSAP, 2,14 cm2 para área valvar mitral, 6,24 mmHg para gradiente médio mitral e 90 ms para PHT. 64,3%, 75% e 46,4% das valvas mitral, aórtica e tricúspide não apresentaram refluxo e 89,3%, 92,9% e 100% não apresentaram estenose, respectivamente. A valva pulmonar não foi acometida. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os pacientes submetidos à troca valvar mitral por prótese mecânica estão apresentando boa evolução clínica e ecocardiográfica após o procedimento cirúrgico.

PALAVRAS-CHAVE:

valva mitral; implante de prótese de valva cardíaca; ecocardiografia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIS da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

Compartilhe

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email