INTRODUÇÃO: O ácido fítico apresenta alta afinidade e avidez por cátions metálicos divalentes, levando à sua precipitação, com consequente indisponibilidade para animais monogástricos (não-ruminantes). A indisponibilidade de íons divalentes incorre em uma série de problemas para o animal, como anemias e problemas ósseos. Fitases são enzimas que catalisam a hidrólise desse ácido. O Rhizopus microsporus var. oligosporus (R.m.o.) é um fungo que produz quantidades apreciáveis de fitase. Os bioprocessos envolvidos na produção de fitase empregam fermentação em estado sólido (SSF). Fermentações submersas (SmF) conduzidas em frasco cônico apresentaram resultados encorajadores. – OBJETIVOS: Este estudo buscou estabelecer um bioprocesso factível e com potencial de extrapolação para a realidade industrial para a co-produção de micoproteína alimentícia e de fitase derivadas de R.m.o. – MATERIAIS E MÉTODO: Foram realizados testes de “desenho experimental” com diferentes composições de caldo de cultivo e tentativas de experimentação em biorreatores airlift do tipo internal split loop, que se mostraram ineficazes. Não foi possível conduzir experimentos em bioreatores de maior porte do tipo External Loop, pois esses bioreatores não conseguiram ser construído em tempo. – RESULTADOS: Este estudo está atrelado à um projeto-mãe financiado por empresa do ramo de alimentos, cujo nome é protegido por sigilo estabelecido com a PUCPR. A ideia era utilizar o sobrenadante das fermentações cujo produto principal é uma micoproteína comestível. Contudo, em função de forças que fogem à nossa vontade e poder de ação, o material para a fabricação dos biorreatores colunas de bolhas/airlift somente chegou à instituição em fins de maio do corrente ano. A construção dos biorreatores consumiu todo mês de junho, sendo entregues em 04 de julho. Procedimentos de instalação desses biorreatores, dos sistemas de esterilização, de aeração e de recolhimento de biomassa/efluente somente foram finalizados em 12 de julho (Figura 1). Dessa forma, não foi possível realizar fermentações com R.m.o. com geração de sobrenadante. Nesse interim, enquanto os biorreatores não foram fabricados e instalados, o bolsista conduziu experimentos de pequena escala em biorreatores de 500 mL. Contudo, como esses biorreatores não apresentavam arquitetura adequada, pois eram do tipo Split Internal Loop e de pequenas dimensões, ocorreram entupimentos com biomassa circulante que se colabava e que geravam um “efeito êmbolo”, com inundação de bolhas e perda de caldo e biomassa, por derramamento. Após várias tentativas infrutíferas, esse sistema foi abandonado, pois não era possível qualquer detecção de enzima. Foi aguardada a fabricação e instalação dos biorreatores “External Loop”, não sujeitos a esses reveses. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora tenhamos experimentado resultados negativos e demora na instalação da estrutura necessária, este projeto deve ser levado a termo, pois temos uma parceria com empresa. Esperamos que até próximo da data do próximo SEMIC tenhamos resultados que possam ser apresentados (em sessão privada, pois existe sigilo industrial envolvido).