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SENSORES ELETRÔNICOS PARA A AFERIÇÃO DO COMPORTAMENTO DE ESTRESSE TÉRMICO EM BOVINOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os sensores para o monitoramento do comportamento de bovinos podem ser aplicados em diversas situações. As vacas em estresse térmico aumentam a taxa de respiração (ofegação), reduzem a produção de leite e permanecem mais tempo em pé. Com os animais ficando mais tempo em pé, temos uma maior predisposição para doenças de casco. – OBJETIVOS: Revisar sistematicamente a literatura sobre sensores eletrônicos de monitoramento de estresse térmico em bovinos. Validar um sensor eletrônico comercialmente disponível para o monitoramento do comportamento de ofegação de bovinos. Aplicação do sensor eletrônico no âmbito prático, avaliando o efeito da claudicação sobre o comportamento de ofegação. – MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi dividido em 3 seções: Revisão sistemática, validação da tecnologia e aplicação da tecnologia. Foram buscados artigos sobre uso de sensores para o monitoramento do estresse térmico em bovinos nas bases de dados Web of Science e Scopus. A validação dos sensores foi feita na leiteria da Fazenda Experimental Gralha Azul utilizando 12 vacas holandesas, as quais foram avaliadas por 4 observadores durante um período de 4 horas por animal, sendo anotado a cada 1 minuto a quantidade de movimentos respiratórios no flanco do animal. A concordância entre a observação manual e sensor foi aferida por meio do teste de CCC. Durante 5 semanas consecutivas, 65 vacas holandesas equipadas com os sensores, foram avaliadas quanto a claudicação. Destas, foram selecionadas 25 vacas as quais mantiveram seus escores de claudicação (10 vacas não claudicantes; 10 vacas claudicantes e 5 vacas com claudicação severa). – RESULTADOS: Somente 3 artigos foram encontrados a respeito do monitoramento de estresse térmico. Os sensores desenvolvidos são baseados na tecnologia de acelerômetria ou termômetros, os quais tiveram performances com níveis razoáveis de concordância satisfatórias, porém, o sensor testado (CowMed, Santa Maria, RS) obteve baixa performance. Quanto à associação entre a claudicação e a ofegação foi encontrada uma tendência a vacas multíparas comparada a primíparas ofegaram mais tempo quando claudicantes, porém sem diferença nos níveis de ofegação quando não- claudicante (p=0.08). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Temos uma lacuna de conhecimento sobre tecnologias que permitem o monitoramento contínuo do comportamento de ofegação. Ainda, o teste realizado com tecnologia comercial se mostrou com baixo desempenho, indicando que tais sensores devem ser melhorados. Entretanto o sensor foi capaz de indicar algumas diferenças no comportamento de ofegação de vacas claudicantes.

PALAVRAS-CHAVE:

sensor eletrônico; estresse térmico; claudicação; ofegação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Tecnológica com recursos do CNPq
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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