INTRODUÇÃO: A eliminação da transmissão vertical do HIV de mães soropositivas para seus filhos é possível por meio da prevenção, do uso de medicamentos antirretrovirais e do teste de HIV durante a gravidez. Estudos têm sido publicados avaliando a implementação da chamada “terapia B+” em diversas localidades, tanto na avaliação da sua adesão pelas gestantes, quanto no efeito sobre a taxa de transmissão vertical. – OBJETIVOS: Realizar uma revisão sistemática, com enfoque na efetividade da terapia B+ na prevenção da transmissão vertical do HIV. – MATERIAIS E MÉTODO: As bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus, Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Cinahl, Cochrane Library e Scielo foram pesquisadas. A literatura cinzenta também foi explorada: OpenGrey, Proquest, Biblioteca Digital Brasileira de teses e dissertações, Banco de teses Capes, Anais do IV Congresso Brasileiro de Prevenção DST/AIDS e Google acadêmico. Não houve restrição de idioma ou ano de publicação. Todos os resultados foram importados para um gerenciador de referências, permitindo a identificação dos artigos em duplicata. – RESULTADOS: Entre os 13 artigos incluídos para a revisão, 10 deles eram da África, dois da Ásia e um artigo da América, totalizando nove estudos com delineamento de coorte e quatro estudos transversais. O ano de publicação variou entre 2016 e 2021. Doze artigos foram escritos em inglês e um artigo em francês. Os dados das gestantes foram coletados em diferentes locais: unidades/centros de saúde, hospitais, programas de prevenção de transmissão vertical do HIV e um centro de obstetrícia. A taxa de transmissão vertical variou de 0 a 5,9%. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A transmissão vertical é a principal via de contaminação das crianças, portanto reduzir esta taxa é um dos objetivos dos programas de pré-natal e de manejo da AIDS. Uma taxa de transmissão vertical abaixo de 5% é um dos indicadores preconizados nesses programas. Os achados dos estudos avaliados nessa revisão demonstraram que, após a implementação da terapia B+, a maioria deles apresentou uma taxa de transmissão vertical abaixo de 5%, demonstrando a efetividade desta terapia.