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EFEITO DA TELECONSULTORIA COM ENDOCRINOLOGISTAS NO CONTROLE METABÓLICO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS DE DIFÍCIL CONTROLE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

RESUMO

INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus 2 (DM2) é uma doença crônica de alta prevalência mundial, logo, muitos pacientes são acompanhados em Unidades da Atenção Primária o que é desafiador. – OBJETIVOS: Avaliar o perfil dos pacientes portadores de DM2 atendidos por teleconsultoria síncrona especializada com endocrinologistas, médicos das Unidades da Atenção Primária e pacientes; analisar os efeitos das intervenções propostas para melhor controle glicêmico através da HbA1c e glicemia capilar. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo pragmático que avalia um banco de dados de um projeto de intervenção através da teleconsultoria síncrona especializada de pacientes de difícil controle glicêmico atendidos em Unidades da Atenção Primária. Foi realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS). – RESULTADOS: 45 pacientes de 6 Unidades da Atenção Primária de Curitiba foram incluídos no estudo. O perfil destes se resume em 24 (53.3%) do sexo feminino, 15 (33.3%) realizaram consulta prévia com endocrinologista, 26 (57.8%) nunca tiveram seus pés avaliados, 6 (13.3%) são tabagistas, 8 (17.8%) com doença cardiovascular prévia. A idade média foi de 52.6 ±10.4 anos e o tempo médio do diagnóstico do DM2 foi de 9.1 anos ±5.3 anos. Sobre os medicamentos de uso prévio, 35 pacientes usavam insulina, 38 metformina, 14 sulfonilureias e 2 outros antidiabéticos orais (ADO). Os valores médios de HbA1c antes da teleconsultoria síncrona especializada eram de 11,21 ±1.7% e após média de 82 dias da teleconsulta eram de 9,1 ±1.4% (p < 0,001). A quantidade mensal de testes de glicemia capilar antes era de 38,1 e aumentou para 70,9 (p<0,001). A quantidade de testes de glicemia capilar entre 70 e 180 mg/dl foi de 30,1% antes da TSE e 41,4% após (p=0,009). A dose diária total média de insulina foi inicialmente de 69,1 ±44,8 unidades internacionais (UI) e 71,6 ±41,8 UI após (p=0,543). Em 5 pacientes foram introduzidos novos ADO (inibidores da SGLT2). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Muitos pacientes atendidos nas Unidades da Atenção Primária apresentam casos complexos e a avaliação dos pés é negligenciada muitas vezes. A teleconsultoria síncrona especializada otimizou o controle metabólico dos pacientes, curiosamente sem aumento significativo da dose de insulina, mas com novas estratégias de tratamento. Quanto ao perfil dos pacientes, a idade média destes vai ao encontro do grupo de pessoas consideradas de alto risco para desenvolver complicações crônicas relacionadas à diabetes, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, assim como o tempo médio em anos do diagnóstico da DM2. Os resultados sugerem que a tecnologia da teleconsultoria une o conhecimento do endocrinologista com os atributos do médico das Unidades. Essa parceria pode, portanto, beneficiar os pacientes que possuem DM2 de difícil controle.

PALAVRAS-CHAVE:

diabetes Mellitus tipo 2; atenção primária à saúde; teleconsulta; controle glicêmico; hemoglobina glicada.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P4.3.8) Sessão Pôster: PIBIC – Ciências da Saúde (P.3) : 26/10 – 16h00 – 16h30 – Hall – Bloco Verde A04
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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