INTRODUÇÃO: Os sintomas de trato urinário inferior (STUI), são frequentes entre os homens acima dos 50 anos e entender melhor sua prevalência e incidência na população brasileira, por meio de ensaios clínicos, é imprescindível para a elaboração de estratégias de saúde pública e de prevenção para essa população. A Urofluxometria (UF) é um exame ambulatorial, pouco invasivo, que mede a intensidade do fluxo urinário em determinado período. Em nosso meio, ainda não há estudos que examinaram e correlacionaram os parâmetros ultrassonográficos com a UF. O objetivo do estudo é avaliar parâmetros ultrassonográficos como volume total da próstata (VP), protusão intravesical prostática (IPP), espessura do músculo detrusor da bexiga, em conjunto de dados clínicos como idade, questionário de sintomas (IPSS), nível sérico do PSA total (antígeno prostático específico), e comparar com os parâmetros da UF. – OBJETIVOS: Comparar os dados clínicos e os parâmetros ultrassonográficos da próstata e bexiga com os parâmetros da UF tradicional, e estabelecer a correlação dos dados clínicos e ecográficos com o padrão urofluxométrico anormal. – MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizada análise transversal retrospectiva a partir de dados de pacientes da Clínica Proctoclin, em Curitiba. Também foram realizados questionários padronizados para STUI, coleta dos dados ultrassonográficos e dos parâmetros da UF. Considerou-se significância estatística quando p<0,05. Os dados foram analisados com o programa computacional IBM SPSS versão 28.0. – RESULTADOS: A população avaliada incluía homens com idade média de 59±7 anos. O jato urinário alterado (Qmáx <= 15) estava presente em 10 pacientes. Dessa forma, a população foi dividida em Qmáx alterado (=15). A população com Qmáx alterado é significativamente mais velho (p=0,016), tem escore IPSS significativamente mais elevado (p=0,033), bem como valores de Q médio e volume urinário significativamente menores (p<0,001), e com duração do fluxo significativamente mais longa (p=0,035). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo demonstrou correlação entre critérios ecográficos e fluxométricos. O seguimento do estudo com intenção de ampliarmos o número de pacientes (n) poderá confirmar achados aqui demonstrados.