INTRODUÇÃO: A pandemia da coronavirus disease 2019 (COVID-19) e sua conjuntura de necessidade de desenvolvimento científico geraram a elevação no número de estudos publicados sobre impactos do vírus em diversas áreas, como saúde mental e bem-estar das pessoas, modificações dos ambientes relacionais, isolamento social e receio de contaminação, dentre outras. Indícios de mudanças comportamentais e de alterações na qualidade de vida dos cidadãos são preocupantes quando se trata dos agravos dos reflexos pandêmicos, os quais são percebidos a partir das restrições impostas para contenção da propagação viral. No âmbito das paisagens urbanas, são, a cada período, evidenciados mais problemas causados pela insuficiência de infraestrutura e funcionalidade das cidades para enfrentamento da crise sanitária. Ressalta-se, ainda, que essas abordagens são aplicáveis sob dinâmicas vinculadas à tecnologia e à inovação voltadas ao meio citadino. – OBJETIVOS: Diante dessa problemática, o objetivo geral do trabalho é avaliar a aplicação de soluções inovadoras e tecnológicas no âmbito da gestão humanizada de cidades e paisagens (pós-)pandêmicas, em especial na aferição do contexto internacional. – MATERIAIS E MÉTODO: Como a pesquisa é centrada em revisão de fontes secundárias, foram consultadas as bases de dados Lens, Scopus e Web of Science, com quantificação dos achados e classificação de suas tipologias, âmbitos geográficos e categorias temáticas pertinentes, a fim de delimitar as principais discussões científicas. A busca bibliométrica gerou um total, sem filtros, de 200.032 textos. Após a aplicação de critérios e procedimentos metodológicos específicos, foram selecionados 194 estudos para leitura integral. – RESULTADOS: Os resultados alcançados revelam referências à interação dos sujeitos com espaços verdes, os quais são fundamentais para a promoção de bem-estar e qualidade de vida durante períodos de isolamento social. Além disso, a principal tecnologia relacionada com aspectos de cuidados com os cidadãos é associada ao conceito de cidade inteligente, ou seja, especializada nas necessidades de seus moradores. Levando em consideração aspectos socioambientais, conclui-se que a paisagem humanizada tem forte aproximação com esta conceituação, sendo normalmente atrelada a cenários naturais. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: No entanto se conclui pelo desafio de criação de relações inovativas para o campo de conhecimento, em especial pelo caráter de ineditismo da temática, ainda pouco debatida. Futuras investigações podem ser orientadas para subsídios à gestão governamental e políticas públicas específicas de cuidado com o cidadão e para a subjetividade da experiência humana em paisagens urbanas.