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A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA PARA A PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL: UMA INVESTIGAÇÃO TEÓRICA SOBRE A CLÍNICA COM ADOLESCENTES

RESUMO

INTRODUÇÃO: A idade de transição e seus desdobramentos foram e são associados à explicações biológicas sobre o desenvolvimento do sujeito. A Psicologia Histórico-Cultural, porém, admite que a adolescência tem sua origem na transformação dos modos de produção no interior da sociedade, alcançada a partir da complexificação da vida social. É com a intenção de superar o debate da psicologia hegemônica, em vista de explicações que visam a integralidade do ser enquanto indivíduo sócio-histórico, que esta pesquisa se propõe a discutir a formação da consciência do adolescente com o escopo de sistematizar conhecimento teórico-metodológico acerca do adolescente e pensar a prática clínica histórico-cultural. – OBJETIVOS: A presente pesquisa objetiva discutir teórico-metodologicamente a clínica com adolescentes a partir da Psicologia Histórico-Cultural com foco no estudo acerca da formação da consciência humana nesta fase de desenvolvimento. Para tanto, foram delimitados alguns objetivos específicos: a) conceituar a adolescência, enfocando-a como objeto da clínica para a Psicologia Histórico-Cultural neste trabalho; b) analisar o conceito de consciência a partir do estudo da formação de conceitos para os adolescentes; e c) contribuir, a partir do estudo realizado, para o desenvolvimento da clínica psicológica com adolescentes na PHC. – MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, o presente trabalho, resultado de uma Iniciação Científica e de natureza teórica-bibliográfica, recorreu aos autores do marxismo, como Karl Marx e Friedrich Engels e aos autores clássicos da Psicologia Histórico-Cultural, como Lev Vigotski, Alexei Leontiev, Vasili Davidov, Daniil Elkonin, Sergei Rubinstein e Bluma Zeigarnik. Além de autores contemporâneos que, através de publicações e participações em congressos e apresentações, corroboram para o enriquecimento da teoria, a mencionar: Achilles Delari Jr, Elena Dragunova, Lígia Márcia Martins, Marilene Proença, Marilda Facci, Melissa Almeida, Newton Duarte, Ricardo dos Anjos, Silvana Tuleski e Záira Leal. – RESULTADOS: Como resultado, a pesquisa identificou sete elementos-chave que respondem aos objetivos propostos e que levaram à compreensão de que a clínica histórico-cultural, ao combinar-se com o método inverso marxiano, pode analisar o sofrimento do adolescente e contribuir para a compreensão acerca do modo como este adolescente explica a realidade contraditória ao seu redor. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa teve a intenção de demonstrar que a compreensão da adolescência enquanto “vir-a-ser” traz consigo a característica primordial que rege a vida humana: a intencionalidade da atividade. Assim, em vista ao método do materialismo histórico-dialético, o “vir-a-ser” se constrói em conformidade com o que já está posto, com a bagagem histórica do homem. A chave para compreender o adolescente contemporâneo, então, é o adulto contemporâneo, determinado pelas condições concretas de um sistema capitalista neoliberal. Ao nosso ver, a pergunta que deve ser respondida pelo psicólogo clínico que atende o adolescente é: o que as relações sociais esperam desse sujeito?

PALAVRAS-CHAVE:

adolescência; clínica histórico-cultural; clínica vigotskiana; consciência; psicologia histórico-cultural.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P2.4.8) Sessão Pôster: PIBIC/PIBITI Jr – Todas áreas e PIBIC – Ciências Humanas (P.4) : 25/10 – 16h30 – 17h00 – Hall – Bloco Verde B02
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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